O PCdoB é o partido melhor representando na lista dos “100 Cabeças do Congresso Nacional” em 2023, segundo pesquisa divulgada na sexta-feira (29) pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap).   

São cinco deputados: Alice Portugal (BA), Daniel Almeida (BA), Jandira Feghali (RJ), Orlando Silva (SP) e Renildo Calheiros (PE).

Em números absolutos, o partido é o quinto colocado na lista da elite parlamentar, liderada pelo PT que possui 22 na relação.

“O PCdoB, com cinco representantes, está no núcleo ideológico da base do governo Lula. Proporcionalmente à bancada, é o partido mais bem representado na elite parlamentar”, diz nota do Diap.

Entre os 100 que comandam o processo decisório no Congresso este ano, 71 são deputados, e 29 são senadores. Desses, 69% pertencem à base de sustentação do governo e 31% à oposição.

O Diap classificou os parlamentares em cinco categorias, de acordo com as habilidades de cada um. São os debatedores, articuladores/organizadores, formuladores, negociadores e formadores de opinião.

Alice entrou na categoria debatedora. São parlamentares ativos, atentos aos acontecimentos e, principalmente, com grande senso de oportunidade e capacidade de repercutir, seja no plenário, na imprensa ou nas redes digitais, os fatos políticos gerados dentro ou fora do Congresso.

A pesquisa diz que, por essência, são parlamentares extrovertidos, que procuram ocupar espaços e explorar os assuntos que possam ser notícia.

“Conhecedores das regras regimentais que regem as sessões e o funcionamento das Casas do Congresso, exercem real influência nos debates e na definição da agenda prioritária. Com questões de ordem, de encaminhamento, discussão de matérias em votação e obstrução do processo deliberativo dominam a cena e contribuem decisivamente para a dinâmica do Congresso. São os parlamentares mais procurados pela imprensa”.

Daniel, Jandira, Orlando e Renildo foram classificados na categoria articuladores/organizadores.

De acordo com o Diap, são parlamentares com excelente trânsito nas diversas correntes políticas, cuja facilidade de interpretar o pensamento da maioria, os credencia a ordenar e criar as condições para o consenso.

“Muitos deles exercem poder invisível entre os colegas de bancada, sem aparecer na imprensa ou nos debates de plenários e comissões. Como interlocutores dos líderes de opinião, encarregam-se de difundir e sustentar as decisões ou intenções dos formadores de opinião, formando massa de apoio à iniciativa dos dirigentes dos grupos políticos a que pertencem”, diz a pesquisa.

Normalmente, segundo o Diap, são parlamentares que têm livre acesso aos bastidores, ao poder institucional e alto grau de fidelidade às diretrizes partidárias ou ideológicas do grupo político que integram.

“Não são necessariamente eruditos, intelectuais, mas possuem ‘instinto político’ e o poder da síntese”.