"Eu não acho que estamos diante de um tribunal de exceção, mas de um colégio eleitoral de exceção. Estamos diante – diferentemente de 1992 em que a denúncia veio da sociedade brasileira – de uma denúncia que veio da sede nacional de um partido. Que custou R$ 45 mil e foi paga pelo PSDB. Não bastasse isso, quem denuncia é quem relata o processo", destacou a senadora Vanessa Grazziotin ao votar "não".

A senadora comunista acrescentou: "O que está sendo julgado é o modelo que eles, como disseram há pouco, acham demagógico e populista, implantado há 13 anos. Mas foi o primeiro modelo, em toda a nossa história, que privilegiou e olhou, não para os bancos, mas para o trabalhador brasileiro."

A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) criticou os "golpistas da Constituição" e comparou o atual processo de impeachment a uma "infração de trânsito" que é punida "com a pena de morte".

O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) enfatizou que o principal motivo do golpe é retirar direitos dos trabalhadores. "Eu não estou inventando, está aqui a Ponte para o Futuro que foi lançada por Michel Temer, justamente para se colocar como alternativa à Presidência da República. Está escrito aqui: fim da política de valorização do salário mínimo; fim da vinculação do salário mínimo com os benefícios previdenciários. Ou seja, estão querendo pagar menos de um salário mínimo para que se aposente", disse.