Emenda de última hora ao projeto de lei complementar que regulamenta a reforma tributária, a inclusão das proteínas de origem animal na cesta básica, cujo produtos possuem alíquota zero de imposto, foi uma demanda apresentada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A avaliação é deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) que rebateu os parlamentares da oposição que queriam a autoria da conquista durante a votação do projeto nesta quarta-feira (10) à noite.

“É muito fácil, agora, alguém da oposição dizer que foi quem conquistou. Não é verdade. Eles votaram contra a reforma tributária o tempo inteiro e têm nas suas costas, de fato, a fila do osso, sem carne, para o povo brasileiro”, disse a parlamentar durante o encaminhamento favorável à proposta em nome do governo.

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“Quero, em primeiro lugar, agradecer ao presidente Lula, que colocou essa demanda permanentemente para o Congresso Nacional para que a proteína e a carne, em particular, estivessem na cesta básica”, discursou Jandira.

Na avaliação do deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), a aprovação da reforma tributária, agora com sua regulamentação, é um importante passo para diminuir as desigualdades no Brasil.

“O presidente Lula cumpre sua promessa de levar a carne de volta a mesa das das famílias ao colocá-la na cesta básica. Uma vitória que tenho orgulho de ter ajudado a construir”, disse o deputado.

À CNN, o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), disse que Lula lhe comunicou a decisão em um telefonema de incluir a carne na cesta básica ao lado dos ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha.

“O presidente Lula me ligou, ao lado do ministro da Fazenda e do ministro Padilha, e deu aval para que fosse incluída a carne na cesta básica. Evidentemente, quem melhor defendeu essa bandeira foi o presidente Lula”, afirmou.

Na semana passada, durante o lançamento do Plano Safra, Lula voltou a comentar o assunto publicamente.

“Temos que discutir o que vai entrar na cesta básica. Carne entra? Fica? Na verdade não temos como separar, vamos ter que entender que possivelmente a gente tenha que separar carne in natura e processada, mas sou daqueles que vou ficar feliz se eu puder comprar carne sem imposto, prometi na campanha que o povo ia voltar a comer picanha e tomar cerveja”, disse o presidente.