Representantes de centrais sindicais participaram, nesta terça-feira (21), de encontro com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para defender mudanças nas reformas da Previdência e Trabalhista, ambas encaminhadas pelo governo Temer no final de 2016.

Os dirigentes criticaram a velocidade de tramitação das matérias na Casa e pediram a Rodrigo Maia maior participação nas audiências públicas e debates sobre os temas.

Para o presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Adilson Araújo, “os elementos das propostas são bastante indigestos”.

“O governo tenta impor a toque de caixa, sem diálogo com a sociedade, uma idade mínima de 65 anos, por exemplo, para acesso ao benefício da aposentadoria. Isso não é razoável com os trabalhadores. Queremos estabelecer um diálogo, pois a sociedade está refém deste destempero do governo, que age como se fosse uma tropa de choque contra os trabalhadores”, afirma o dirigente sindical.

O encontro foi acompanhado por parlamentares da oposição, que já haviam se reunido anteriormente com os sindicalistas para traçar uma agenda de mobilização contra as matérias

Para a líder do PCdoB na Câmara, deputada Alice Portugal (BA), o objetivo central do governo Temer é que o trabalhador não se aposente e tenha seus direitos reduzidos pela reforma trabalhista. “Precisamos defender a previdência pública, pois este governo golpista quer arrebentar as conquistas que tivemos ao longo dos anos”, alerta.

Pouco tempo depois da reunião com os sindicalistas, Rodrigo Maia e os demais líderes da base do governo e integrantes da Comissão Especial da Reforma da Previdência se reuniram com o presidente da República para “traçar estratégias” para aprovação da proposta na Câmara

Tema caro ao governo, a Reforma da Previdência é peça-chave para o “ajuste fiscal” iniciado com a aprovação do teto de gastos. A expectativa do governo é aprovar a matéria até o meio do ano, mas a forte resistência de parlamentares e entidades da sociedade civil às mudanças propostas tem apontado que essa disputa não será tão fácil.

*Com informações da Agência Câmara.