Impulsionar a geração de empregos qualificados e renda para o trabalhador é uma estratégia fundamental para um projeto nacional de desenvolvimento voltado à inclusão social. Políticas públicas exitosas no mundo do trabalho em curso há mais de 12 anos no Brasil, portanto, não podem ser o alvo das medidas de ajuste da economia.

Nos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, foram criados 20,6 milhões de empregos, mais do que o dobro dos antecessores: 8,3 milhões entre 1985 e 2002, conforme estimativas do Palácio do Planalto. Essa expansão de vagas de trabalho ajudou a distribuir renda e a reduzir a pobreza. O desemprego também atingiu o menor nível histórico, atingiu 6,2% em março, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Quando comparado com o cenário internacional, o índice é mais baixo do que países da Europa, como Espanha (23,8%), Portugal (13,5%) e França (10,4%). Esses dados indicam que o governo brasileiro fez escolhas certas ao enfrentar a crise financeira mundial, iniciada em 2008, com medidas que preservaram o emprego e a renda dos cidadãos.

A Bancada do PCdoB é favorável a mudanças que melhorem a qualidade da prestação dos serviços públicos e enfrentem a corrupção em todos os níveis. O que não aceitamos é que ajustes fiscais para redução de despesas governamentais recaiam sobre os trabalhadores.

O foco da taxação deve ser quem tem grandes fortunas e não paga impostos em solo nacional. Todos devem se unir em defesa dessa bandeira. É preciso taxar quem sonega e vive da especulação financeira, ostentando patrimônios milionários, sem preocupar-se em ter uma inserção produtiva que garanta o crescimento econômico do Brasil. Recentemente, revelou-se que R$ 20 bilhões foram sonegados em paraísos fiscais na Suíça por contas bancárias de brasileiros no HSBC.

Em mais uma semana decisiva de votações no Congresso, os parlamentares do PCdoB estarão atentos e mobilizados para impedir tentativas de dilapidação de conquistas trabalhistas. Vamos repetir a mesma atuação firme e unida que tivemos em plenário contra o Projeto de Lei que generaliza a terceirização (PL 4330/04), aprovado na Câmara e em análise no Senado. O PCdoB honrará sua história, sendo um fiel defensor de quem trabalha, diariamente, para construir um Brasil mais desenvolvido e justo.

*Líder do PcdoB na Câmara dos Deputados.