Reformas são caminho para superar problemas estruturais, afirma Dilma
A presidenta Dilma Rousseff tem defendido desde a campanha eleitoral as reformas política, urbana e de serviços para superar os problemas estruturais e alcançar o desenvolvimento pleno do país. Em seu discurso de posse não foi diferente. Dilma enfatizou a importância da reforma política, apesar da complexidade que o tema envolve. (Confira nossa cobertura fotográfica)
“É inadiável implantarmos práticas políticas mais modernas, éticas. É isso que torna urgente e necessária a reforma política. Uma reforma profunda que é responsabilidade constitucional desta Casa [Congresso], mas que deve mobilizar toda a sociedade na busca de novos métodos e novos caminhos para nossa vida democrática. Reforma política que estimule o povo brasileiro a retomar seu gosto e sua admiração pela política”, afirmou Dilma em discurso no Congresso Nacional.
A reforma política democrática é uma das bandeiras defendidas pela Bancada do PCdoB na Câmara. A proposta apoiada pelos parlamentares comunistas dialoga com a apresentada pela Coalizão Democrática pela Reforma Política e Eleições Limpas, que reúne entidades como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) (PL 6316/13).
Entre os principais pontos defendidos na proposta estão o fim do financiamento privado das campanhas eleitorais; maior participação popular e aumento da representatividade feminina nas instâncias de poder.
Pressão popular
Para a líder do PCdoB na Câmara, deputada Jandira Feghali (RJ), as reformas serão cobradas pela sociedade.
“A democratização da comunicação junto com a reforma política começou a ocupar o devido espaço de debate no Congresso, mas precisaremos do reforço das ruas, das mobilizações, para avançarmos de fato, pois teremos uma resistência ainda maior este ano, correndo o risco de serem aprovadas propostas que vão de encontro aos interesses da população. Vamos atuar para que governo encabece e assuma essas bandeiras, além de estarmos muito juntos da sociedade brasileira onde o movimento organizado se faz”, afirma.
De Brasília, Christiane Peres