Meio milhão de pacientes com câncer poderão ser beneficiados com tratamento antecipado
Dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca) indicam que no Brasil há uma estimativa de mais de 500 mil novos casos de câncer para 2014 e 2015. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2012, no mundo, houve 14,1 milhões de casos novos e um total de 8,2 milhões de mortes por causa da doença. Os números reforçam a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e início imediato do tratamento na luta contra a doença. Nesse sentido, a Câmara dos Deputados aprovou no dia 8 de outubro, em votação simbólica, o Projeto de Decreto Legislativo nº 1293/2013, que prevê o início do tratamento de câncer no Sistema Único de Saúde (SUS) a partir do diagnóstico da doença.
A decisão, que segue para votação no Senado, revoga portaria do Ministério da Saúde que define a contagem do prazo para o início do tratamento a partir do registro no prontuário do paciente.
Para a coordenadora da Bancada Feminina da Câmara, deputada Jô Moraes (PCdoB-MG), a discrepância de prazos, embora sutil, pode representar a diferença entre a vida e a morte do paciente.
“Esta é uma grande vitória da população brasileira, em especial, das mulheres, pois aprovamos este texto quando se comemora o Outubro Rosa”, apontou a parlamentar em referência ao movimento de prevenção do câncer de mama, que contribui para o avanço no tratamento da saúde feminina. Segundo o Inca, no país, entre 2014 e 2015, terão mais de 57 mil novos casos de câncer de mama.
A luta contra o câncer está na pauta da Bancada do PCdoB na Câmara. Alice Portugal (BA), Carlos Eduardo Cadoca (PE), Chico Lopes (CE), Daniel Almeida (BA), Jô Moraes (MG) e João Ananias (CE) representam a legenda na Frente Parlamentar de Combate ao Câncer.
Visando aprimorar as medidas que protegem as mulheres, o deputado Daniel Almeida apresentou o Projeto de Lei 843/2007, que regulamenta a ausência ao trabalho para realização de exame preventivo de câncer do colo de útero e de câncer da mama. A iniciativa altera o art. 453 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e está pronta para entrar em pauta no Plenário da Câmara.
Outra atuante na causa é a líder da Bancada, deputada Jandira Feghali (RJ), que foi autora da lei que obriga os planos de saúde a realizarem cirurgia reparadora em casos de mastectomia devido ao câncer de mama, e a fornecerem bolsas coletoras aos pacientes ostomizados.
De Brasília, Tatiana Alves
Com informações da assessoria da parlamentar