A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Metrô pode definir, na próxima terça-feira (2), às 14h, na sala 19 da ala Alexandre Costa, no Senado, sua presidência e relatoria para dar início às investigações das denúncias sobre formação de cartel, corrupção e outros ilícitos em contratos, licitações, execução de obras e manutenção de linhas de trens e metrôs em São Paulo e no Distrito Federal, com o uso de recursos federais, durante governos do PSDB.

A reunião de instalação da CPMI, realizada em 6 de agosto, foi marcada por embate entre governistas e oposição sobre questões regimentais. A sessão acabou sendo obstruída, sem que a escolha dos cargos tenha sido feita.

Para o deputado Delegado Protógenes (SP), membro da CPMI, é fundamental que os trabalhos da comissão comecem o quanto antes. “A celeridade é essencial. É preciso provar autoria e materialidade daqueles responsáveis e não deixar sobre o manto de suspeita toda a estrutura governamental do estado de São Paulo”, afirmou.

Suplente do colegiado, o deputado paulista Gustavo Petta, também cobra o início das investigações. Segundo ele, a população de São Paulo precisa de uma resposta sobre a limitação na expansão das linhas do metrô. “Todas as grandes metrópoles do mundo têm linhas de metrô de 200, 300, 400 km e em São Paulo só tem 80 km. Esse é um dos problemas que causa transtorno na cidade”, disse.

A comissão mista é composta por 13 senadores e 14 deputados, a maioria do bloco de apoio ao governo federal. O prazo previsto para a conclusão das investigações é de 120 dias.

De Brasília, Christiane Peres
Com informações da Agência Senado