Bombardeios a instalações civis agravam crise humanitária na Faixa de Gaza
Os conflitos em Gaza já vitimaram mais de 1,5 mil pessoas do lado palestino, desde o dia 8 de julho. Nas últimas semanas, escolas e abrigos da Organização das Nações Unidas (ONU), que abrigavam refugiados, também viraram alvo das ofensivas israelenses, matando dezenas.
“São milhares de mortos nessa guerra insana. Quem sustenta o poderio militar do governo de Israel? Porque destruir hospitais e escolas da ONU?”, indagou a deputada Jô Moraes (MG), referindo-se ao voto dos Estados Unidos contrário às investigações dos crimes de guerra cometidos pelo governo de Israel.
Para a líder do PCdoB na Câmara, deputada Jandira Feghali (RJ), o governo israelense, apoiado pelos EUA, age de forma “altamente desigual e genocida”. “Mulheres e crianças palestinas têm sido assassinadas num massacre triste e inaceitável na História.”
As equipes de socorro afirmam que, desde o início do conflito, foram destruídos prédios públicos, hospitais, creches, orfanatos e dezenas de casas palestinas sob o argumento de servirem de refúgio para o Hamas.
Na noite do dia 28, a única central elétrica da Faixa de Gaza parou de funcionar após um bombardeio do Exército israelense. O diretor adjunto da Autoridade de Energia da Palestina, Fathi Al Sheikh Khalil, lembrou que a ação afeta hospitais, escolas, comércio e estações de tratamento de água, tornando a situação local ainda mais grave.
O Brasil, junto com os demais países integrantes do Mercado Comum do Sul (Mercosul), vem pedindo o cessar-fogo imediato na região. Esta semana, a presidenta Dilma Rousseff condenou os ataques israelenses. “O governo de Israel promove um massacre ao atingir a população civil, principalmente mulheres e crianças”, disse em entrevista organizada pelo jornal Folha de S.Paulo, portal UOL, SBT e Rádio Jovem Pan no dia 28.
Apesar das declarações, a sociedade civil organizada pede ações mais enérgicas do governo brasileiro. Um manifesto, assinado por mais de 80 entidades, cobra o rompimento das relações militares, comerciais e diplomáticas com Israel. O documento foi protocolado no escritório da Presidência da República, em São Paulo, no dia 25.
Iberê Lopes, estagiário de Comunicação
Edição: Christiane Peres