O presidente da Subcomissão de Ordenamento da Formação de Recursos Humanos do SUS e da Educação Permanente na área da saúde, deputado João Ananias (CE), que promoveu o debate, destacou a importância do tema para a formação de recursos humanos do SUS com profissionais que atuam no Sistema.

“É uma questão absolutamente complexa e que se agrava pela dimensão do nosso sistema”, ressaltou.
O representante do Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras (CRUB), Armando Raggio, afirma que o país vive uma contradição. “Pensamos um sistema de saúde que atenda a todos, mas estamos formando profissionais altamente especializados que acabam atuando principalmente fora desse sistema”, disse.

Segundo Raggio, o profissional da área, principalmente o médico, que escolhe uma formação mais generalista, contribui mais com o sistema, mas não recebe uma contrapartida financeira à altura de outros profissionais que focam em especializações e optam por serviços de média e alta complexidades em hospitais ou clínicas particulares.

Representando a Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação do Ministério da Saúde, Fernando Menezes concorda que faltam instrumentos que permitam ao governo definir quantos, qual o perfil e onde deverão atuar os profissionais de saúde que saem das universidades.

“Estudam-se vários tipos de intervenção do Estado para combater um problema sério: a falta de profissionais nas unidades básicas e de pronto atendimento do SUS”, afirmou.

Para Fernando Menezes, é preciso uma redefinição das funções gerenciais, regulatórias, de prestação de serviço do Sistema e da busca por uma maior capacidade regulatória e gestora.

Assessoria de Comunicação
Liderança do PCdoB/CD
Com informações da Agência Câmara