“Para nós, a parceria com o Supremo é fundamental e tivemos a grata surpresa de saber, pelo ministro Ayres Britto, que a Lei Maria Penha vai constar do próximo Pacto Republicano em razão de sua relevância. Também sentimos a sensibilidade do presidente do STF quando ele insistiu em que a questão cultural que envolve a violência contra a mulher deve ser enfrentada com gestos mais importantes”, afirmou a deputada Jô Moraes (MG), presidente da CPMI.

Na oportunidade, a comitiva parabenizou o ministro pela recente decisão da Corte acerca da Lei Maria da Penha, quando se decidiu, por maioria de votos, que o Ministério Público pode dar início à ação penal sem necessidade de representação da vítima.

“A visita foi muito mais um agradecimento pela decisão do STF. Viemos fazer um apelo para que a Corte dê mais visibilidade ao debate sobre a legislação relativa à violência de gênero para que, com isso, possa reforçar a nossa luta”, afirma Jô Moraes.

Já foram realizadas 19 audiências públicas em Brasília e em mais sete estados. Nas ocasiões já foram ouvidos representantes do Executivo, Judiciário, Ministério Público, Defensoria Pública e associações de proteção às mulheres. A deputada Jô Moraes afirmou que a Comissão tem percebido alguns avanços, mas também certas debilidades.

“No caso do Judiciário, estamos sentindo a necessidade de reforçar o conteúdo da Lei Maria da Penha, porque alguns juízes ainda insistem na mediação como enfrentamento das agressões. Temos visto ainda que, em certos tribunais, há uma precária estrutura de servidores e varas especializadas no interior do estado”, disse a parlamentar.

Assessoria de Comunicação
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Tatiana Alves