Com a cartilha, que será distribuída nos próximos meses, Perpétua Almeida pretende ajudar a informar os estudantes dos procedimentos exigidos pelo governo boliviano para emissão de visto e diplomas. A intenção é impedir cobranças abusivas, como as que foram relatadas a ela por estudantes brasileiros. 

Ela acredita que a cartilha vai ajudar a informar com mais clareza os procedimentos para estudar na Bolívia e facilitará as relações entre estudantes e as universidades bolivianas, disse. A deputada lembrou que há um grande números de jovens acreanos que se deslocam para a Bolívia devido à carência de universidades e profissionais na área de medicina na região do Acre e de Rondônia.

“Criar novas vagas para estudantes de medicina no Acre impediria essa ida crescente de estudantes para a Bolívia. Devemos concentrar esforços para abrir vagas em universidades públicas no Brasil voltadas para a população acreana, já que existe uma grande demanda por médicos”, defendeu a deputada.

Campanha – Diante dos problemas enfrentados pelos estudantes brasileiros, o MRE e a Comissão pretendem lançar também uma campanha para desencorajar brasileiros a estudar na Bolívia. Segundo explicou Maria Luiza Lopes da Silva, a situação precária de algumas universidades bolivianas, as cobranças abusivas de taxas e a dificuldade de emissão de visto de estudante são os principais motivos para desaconselhar a ida de estudantes.

A campanha também recomendará que os brasileiros optem por outros países para estudar medicina. Para ajudar, o departamento consular também mapeará, nos próximos meses, as universidades latino-americanas que oferecem cursos de medicina.

O levantamento vai informar aos estudantes brasileiros dos custos, taxas e exigências desses países para estudar medicina e orientará os estudantes sobre as exigências para obtenção de visto e emissão de diploma.

Luiza Lopes da Silva acredita que o estudo vai ajudar também a diversificar o mercado e impedir que os brasileiros sejam “reféns” de universidades bolivianas. “Vamos trabalhar para que os estudantes possam cumprir o desejo de estudar no exterior com qualidade e tranquilidade. Vamos sugerir países e universidades que cumpram acordos bilaterais e que ofereçam ensino de qualidade”.

A reunião no MRE ocorreu após o encontro da deputada Perpétua Almeida com o embaixador da Bolívia no Brasil, José Alberto Gonzáles Samaniego, para discutir as reclamações dos estudantes sobre as reclamações de cobrança de taxas para a liberação de visto e diplomas. Na ocasião, o embaixador assumiu o compromisso de pedir esclarecimentos à Diretoria de Imigração, sediada no Departamento de Pando boliviano.

Assessoria de Comunicação
Liderança do PCdoB/CD
Tatiana Alves, com informações da Assessoria da Comissão