Após novo reajuste do diesel, deputados reforçam crítica à manutenção da política de preços da Petrobras
A Petrobras anunciou nesta segunda-feira (9) aumento do preço médio do diesel de 8,87% nas suas refinarias, com o combustível para distribuidoras passando a valer R$ 4,91 por litro, a partir de terça-feira (10), segundo comunicado da empresa.
Apesar de ter criticado os seguidos aumentos no preço dos combustíveis, Jair Bolsonaro não mexe na política de preços da estatal, que dolariza os preços praticados no mercado interno.
Em nota, a companhia ressaltou que o reajuste foi feito após 60 dias e que os valores da gasolina e do GLP (gás de cozinha) foram mantidos.
Após o anúncio, a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) retomou a crítica à manutenção da política de preços estabelecida no governo Temer e mantida por Bolsonaro. Para ela, é urgente muda-la.
“Mais um reajuste na Petrobras. Desta vez, quase 9% de aumento no preço do diesel nas refinarias. É aumento também no preço dos alimentos, no frete, no transporte de passageiros. Tá tudo caro com Bolsonaro. É urgente acabar com a política criminosa de preços da Petrobras”, destacou.
Para o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) o novo aumento é um crime e classificou Bolsonaro como "carrasco" diante do cenário vivido pela população braisileira em seu governo. "O salário mínimo perde poder de compra, a inflação dispara, a economia parada. As pessoas não aguentam mais, as famílias não têm mais como comprar comida. Bolsonaro é um carrasco!", afirmou.
A política de preços praticada pela Petrobras com a anuência de Jair Bolsonaro deverá aumentar significativamente o lucro da estatal no primeiro trimestre deste ano, transferindo mais lucros e dividendos a seus acionistas em detrimento dos consumidores. Levantamento com base nas projeções de quatro instituições financeiras (Itaú BBA, UBS, Credit Suisse e Goldman Sachs) indica que a companhia deve registrar, no primeiro balanço do ano, receita líquida de R$ 144 bilhões, avanço de 67,2% frente ao primeiro trimestre de 2021.