A Polícia Rodoviária Federal (PRF) anunciou esta semana um plano de contingenciamento que envolve a redução do patrulhamento, o fim de resgates aéreos e o fechamento de unidades administrativas. A alegação é de falta de recursos. A medida ocorre após um corte de 45% no orçamento da corporação, feito pelo Ministério da Justiça. De acordo com dados da Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (FenaPRF), a PRF perdeu quase R$ 200 milhões do montante que estava previsto.

A denúncia repercutiu na Câmara dos Deputados. No Plenário, a líder do PCdoB, deputada Alice Portugal (BA), repudiou os cortes no orçamento da Polícia Rodoviária Federal (PRF) pelo governo Temer. “A PRF é uma polícia cidadã, que faz partos, combate o roubo de cargas, o tráfico de drogas e que garante a segurança das estradas. Agora, a instituição recebe do governo federal este golpe de contingenciamento de recursos”, disse Alice, que criou a Frente Parlamentar em Defesa da PRF.

Em nota, a Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais lamentou que em um período de aumento do fluxo do tráfico de drogas e de crimes violentos nas rodovias federais, além do início do período de férias escolares, o governo diminua os recursos da instituição. A Federação afirmou ainda que o corte inviabiliza vários projetos de melhorias em andamento, e promove o sucateamento da instituição.

No ano passado, o orçamento para custeio e investimento na PRF foi de R$ 782 milhões e em 2017 caiu para R$ 420 milhões. Com o contingenciamento, o orçamento diminui ainda mais. Segundo a FenaPRF, quase 44% foi cortado, restando apenas R$ 230 milhões.