Os parlamentares do PCdoB no Congresso destacam a atitude corajosa da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) que condenou publicamente a Reforma da Previdência e a terceirização.

Por meio de nota, a CNBB demonstrou preocupação, porque a Proposta de Emenda à Constituição (PEC 287/2016) reduz a Previdência a uma questão econômica e escolhe o caminho da exclusão social.

A manifestação da entidade é fundamental, visto que estimula o debate na sociedade e cobra transparência do governo federal. Concordamos com a CNBB que diz não ser possível votar em uma solução para assunto tão complexo, tendo por base informações contraditórias entre órgãos do próprio governo federal.

Como defende a CNBB, o sistema de Previdência Social brasileiro deve continuar tendo uma matriz ética que proteja as pessoas da vulnerabilidade social. É um absurdo propor o enfrentamento do suposto déficit por meio do fim da proteção social dos mais pobres.

A Reforma da Previdência do presidente ilegítimo Michel Temer iguala os desiguais, desconsiderando características distintas dos Estados e de suas populações. Exige idade mínima de 65 anos e 25 anos de contribuição para todos. Muitos morrerão sem conseguir se aposentar. Isso é inaceitável!

Manifestamos solidariedade à entidade que enfrenta duras críticas em razão de suas posições.
É preciso taxar as grandes fortunas e os bancos. Não votaremos em uma reforma contra os mais pobres, socialmente injusta por aprofundar a desigualdade no país. Estamos com o povo e lutaremos até o fim contra essa proposta perversa para garantir a derrota da matéria no Plenário da Câmara.


Alice Portugal, líder do PCdoB na Câmara.
Vanessa Grazziotin, líder do PCdoB no Senado.