Como bem retrata Cezar Britto em Prefácio a este novo livro, falando sobre o movimento por uma reforma política democrática:“Aldo Arantes continuava elegendo o povo como parceiro do seu sonhar democrático. E ao assim agir percebera que não estava sozinho. Encontrara vários sonhadores dos mesmos sonhos, especialmente na “Coalizão pela Reforma Política Democrática e Eleições Limpas”. Integrou-a de cabeça e coração, corpo e alma, participando de suas tarefas executivas, visitando os vários cantos e recantos do Brasil em missão política e, sobretudo, empregando as estratégias e táticas que aprendera em sua militância comunista. O estudante que abalara o Brasil na resistência ao golpe militar de 1964, com a mesma vitalidade, entendia que era preciso modificar a política atual, única forma de evitar um novo golpe”.

Sobre o livro propriamente dito, Cezar Britto é contundente em sua síntese do conteúdo básico da obra: “Em razão da sua coerente trajetória por um partido de conteúdo ideológico e perseguido em várias etapas da vida representativa brasileira, o livro traça um importante paralelo explicativo sobre o “Sistema Eleitoral Proporcional – Avanço Democrático”, a “Representação das Elites Dominantes – Sistema Majoritário ou Distrital”, o “Sistema Distrital Misto” e a “Coligação Proporcional e Cláusula de Barreira”. 

Na mesma toada explicativa, Aldo Arantes procura apontar saídas para a crise política que corretamente apontou na parte introdutória do seu livro. Este é um gesto típico de quem procura aliar o discurso crítico à práxis militante. É o que se encontra nos textos dedicados à “Coalizão pela Reforma Democrática e Eleições Limpas”, “Projeto de Lei de Reforma Política Democrática e Eleições Limpas”, “Contra o Financiamento de Campanha por Empresa” e “Sistema Eleitoral Proporcional em Dois Turnos”. 

E ao final conclui: “mas como se pode esperar de um autor que também é personagem ativo da própria narrativa contada, Aldo Arantes faz críticas e assume autocríticas sobre a crise política que impediu a concretização de uma Reforma Política Democrática, aprofundada pelo recente golpe que afastou a presidenta eleita Dilma Rousseff. É com este sentimento que escreve sobre a “Reforma Política do PT”, a “Reforma Política Antidemocrática” e a “Constituinte Exclusiva”. 

Experimentado no embate com os “corruptos que se arvoram em defensores da ética”, Aldo Arantes, corajosamente aponta alguns dos nomes que foram “arautos de moralidade” que nunca tiveram, fazendo juntar algumas provas, mesmo que dispensadas pela convicção que se tem sobre eles. E arremata: A história demonstra que, a utilização da denúncia de corrupção como arma de derrubada de governos comprometidos com a soberania nacional e com os direitos dos trabalhadores é uma marca da política brasileira”. 

O livro de Aldo Arantes ainda contém como anexos: a Defesa da ex-presidenta Dilma Rousseff, perante o Senado, durante o julgamento do impeachment; O Projeto de Iniciativa Popular de Reforma Política Democrática e Eleições Limpas; O Manifesto dos Juristas “Em Defesa da Constituição”; O Manifesto de Juristas: “Traidor da Constituição é Traidor da Pátria”; e alguns artigos publicados pelo autor: “Ponta do Iceberg da Crise Política Brasileira”; “Brasil, duas constituições?”; “O Supremo Tribunal Federal e o julgamento político do “Mensalão”; “Dois pesos, duas medidas no julgamento do STF”; “O financiamento privado de campanha: raiz da corrupção eleitoral”.  

 

Serviço:

 

O QUÊ: Lançamento do livro Reforma Política e Novo Projeto Para o País, do ex-deputado Aldo Arantes.

QUANDO: Terça-feira (22), 10h, no Salão Negro da Câmara dos Deputados.

INFORMAÇÕES E ENTREVISTAS: [email protected] 

 

O autor

Ex-deputado federal entre 1983 e 2002, Aldo Arantes é advogado e mestre em Ciência Política pela Universidade Brasília (UnB). Participou da Constituinte de 1988. Foi presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE) no início dos anos 60. 

Durante o Regime Militar, integrou a Ação Popular e, em 1972, entrou para o PCdoB. A partir de 2013, foi secretário da Comissão Especial de Mobilização para a Reforma Política do Conselho Federal da OAB, representando a entidade na Coalizão pela Reforma Política Democrática e Eleições Limpas. Atualmente, é membro da Comissão Política do Comitê Central do PCdoB.