O escritor acreano, Moisés Diniz (PCdoB-AC), tomou posse nesta terça-feira (16) para o seu primeiro mandato como deputado federal. Formado em Pedagogia pela Universidade do Acre e membro da Academia Acreana de Letras, Diniz, ele milita no Partido Comunista do Brasil desde 1980. Atualmente, trabalhava como secretário adjunto de Educação do Estado.   

“A poesia é a nossa alma que herdamos dos tempos imemoriais quando o homem ainda não havia se tornado lobo do semelhante. A política é a ferramenta necessária para vencer os lobos e lutar pela felicidade humana”, afirmou Moisés Diniz, que é oriundo da Congregação dos Irmãos Maristas, onde professou os votos temporários de pobreza, castidade e obediência.

Neto de nordestinos de Riacho do Sangue, no Ceará, e índios ashaninkas. Moisés foi eleito vereador (1992) e vice-prefeito em Tarauacá (1996) e foi deputado estadual (2003 à 2014) por três mandatos. Ele assume a vaga na Câmara lugar de Sibá Machado (PT), que foi empossado secretário de Desenvolvimento da Indústria, do Comércio e dos Serviços Sustentáveis do Acre na última segunda-feira (15).

De acordo com Moisés Diniz, o mandato federal servirá para dar seguimento “à organização aos movimentos extrativistas, fortalecendo os sindicatos rurais e os povos indígenas nas aldeias”. Ele acrescenta que a luta das mulheres, negros e a diversidade será prioridade de sua atuação na Câmara.

Na secretaria-adjunta de Educação, o novo membro da Bancada Comunista no Parlamento, trabalhou pela erradicação do analfabetismo, valorização da cultura indígena, pela garantia de oportunidades para a juventude e direitos dos povos tradicionais. “Nosso sangue é índio, é negro! Pode até alguns aristocratas não suportarem o peso da verdade histórica, mas nosso berço, conquistado ou imposto, veio das aldeias ancestrais” ressaltou Diniz em texto publicado nas redes sociais.

“Vida longa aos povos indígenas, à sua guerra silenciosa pela sobrevivência e, principalmente, à sua teimosia em não deixar morrer a beleza que existia antes do pecado original” relatou.