O dia 13 de março foi marcado por uma série de atos pelo Brasil contra o governo Dilma. As manifestações, no entanto, apesar de grandes não alteram o cenário político. A avaliação é dos deputados Daniel Almeida (BA), líder da Bancada Comunista na Câmara, e Jandira Feghali (RJ). Para eles, os atos não tiveram a dimensão esperada pela oposição.

Segundo Daniel Almeida, os atos se inserem no ambiente democrático que o país conquistou e também são reflexo de uma “campanha midiática e da oposição, associada a setores do Judiciário e do Ministério Público”.

“Os atos revelam uma insatisfação com a situação econômica e política que perdura, estimulada por setores que não aceitam o resultado de 2014, pela mídia e por setores do Judiciário e do MP que, nos últimos dias fizeram todos os movimentos possíveis para estimular essas manifestações”, disse, citando a condução coercitiva e o pedido de prisão preventiva do ex-presidente Lula, como exemplo.

De acordo com o parlamentar, as manifestações sinalizam a necessidade de o governo estabelecer uma agenda que aponte para a superação das dificuldades. “É preciso pactuar novos caminhos para sair da crise política e criar condições de retomar o crescimento.”

Já para a deputada Jandira Feghali, as manifestações ficaram aquém do esperado pela oposição. “A marcha de 2015 não foi muito diferente das manifestações deste domingo. Não foi a explosão esperada. Além disso, a decretação da mídia de que o governo acabou é para tentar dar uma solução a favor daquilo que eles queriam e que não se concretizou”, avalia.

Para Jandira, “é óbvio que a situação do governo Dilma não é fácil” em função da pressão midiática, da Lava Jato, pelas dificuldades da crise econômica, mas a parlamentar defende uma saída com Dilma. “Temos um espaço de construção importante, que direciona uma ampliação ao centro com o movimento social e uma nova agenda econômica para o Brasil. E é isso que temos que trabalhar.”