A Frente Brasil Popular, integrada por partidos, movimentos sociais e entidades de classe, mobiliza os cidadãos a lutarem pela defesa das instituições democráticas em diferentes cidades brasileiras nesta sexta-feira (18). Para Daniel Almeida (BA), líder do PCdoB na Câmara, “a grande tarefa é preservar a democracia e pactuar uma saída no ambiente da política, que coloque o interesse nacional em primeiro lugar. Temos de superar a intolerância às diferenças ideológicas,” diz.

Presidente nacional do PCdoB, a deputada Luciana Santos (PE) reforça a importância de se encontrar uma solução pactuada com diferentes setores da sociedade. “Enfrentamos talvez a fase mais crítica e aguda da crise política que o Brasil vem atravessando. Estamos próximos a um desfecho. Daí, a necessidade de se posicionar. A crise econômica é real, mas não é exclusividade do Brasil,” avalia.

Em nota, o PCdoB afirma serem “ilegais e abusivas” as operações da Polícia Federal, que age de maneira parcial, “como foi o caso da condução coercitiva do ex-presidente Lula”. A repercussão na imprensa tem revelado apoio de setores da comunicação a uma pregação golpista, de acordo com avaliação feita pela Comissão Política Nacional do partido.  E acrescenta que alguns veículos vêm repetindo “aos quatros ventos que “em semanas” irão depor a presidenta Dilma Rousseff”.

A complexidade da conjuntura política apresenta uma tarefa que já faz parte da história do PCdoB. Sair às ruas para lutar pela democracia, confrontar a radicalização de alas intolerantes presentes nos discursos da oposição e as seletivas ações da Justiça e da mídia na Operação Lava Jato. 

Dirigentes do partido observam uma conflagração golpista na tentativa de impeachment sem provas contra a presidente Dilma.  “Uma solução fora da democracia”, destaca a nota. Para a Comissão Política do PCdoB, é preciso respeitar o calendário eleitoral, realizando a alternância na Presidência da República, se for o desejo da maioria da população, somente em 2018 como ordena a Constituição Federal.

Para Orlando Silva (PCdoB-SP), vice-líder do governo na Câmara dos Deputados, é evidente que estamos em uma crise política e econômica sem precedentes no Brasil. E para virar a página, segundo o deputado, “é preciso unir o país para estabilizar a política, garantir o mandato da presidenta Dilma e trabalhar para construir uma agenda para retomar o crescimento da economia”.

As organizações sociais estarão nas ruas “dia 18 contra o golpe em marcha”. Todos em defesa dos programas de combate à pobreza, pela inclusão social e criação de condições para o desenvolvimento e garantia da soberania nacional.

SAIBA MAIS

NOTA da Comissão Política Nacional do PCdoB

Locais das manifestações