Em outubro, após quase cinco anos de negociação, Estados Unidos, Japão e outros 10 países assinaram o Tratado Transpacífico (TPP, em inglês) – o maior acordo de livre comércio celebrado na história e que reúne 40% das riquezas do mundo. Desde seu anúncio, o tratado vem incentivando discussões sobre seus impactos em diversos países.

A criação do megabloco comercial cria uma desvantagem para o Brasil no mercado global, uma vez que os países do tratado poderão exportar uns para os outros com eliminação de tarifas e redução de barreiras não-tarifárias.

Nesta semana, a presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados, Jô Moraes (PCdoB-MG), defendeu que o tratado representa uma ameaça às conquistas dos trabalhadores em todo o mundo. Para ela, é fundamental que os trabalhadores e suas organizações estejam atentos às movimentações e propostas do novo bloco para impedir perdas.

“As dimensões das cláusulas do TPP representam uma grande ameaça. O controle das informações na internet, os acordos ambientais, a incidência disto tudo sobre nosso país, nossa economia, a perspectiva de submeter governos a jurisdição de tribunais estrangeiros por cláusulas de negociação são questões que devem ser discutidas amplamente, até mesmo para se buscar alternativas”, pontua a parlamentar durante encontro promovido pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) para debater o tema.