Na próxima sexta-feira (13), as entidades que compõem a Frente Brasil Popular realizarão uma marcha em Brasília em protesto à “agenda do retrocesso” imposta pelo Congresso Nacional. O ato central será na Esplanada dos Ministérios, na capital federal, mas os organizadores informam que serão realizadas panfletagens e mobilizações em diversas cidades em todo o país.

O protesto envolverá pautas polêmicas que estão em discussão no Parlamento, como o Projeto de Lei (PL) 5069/13, que retira direitos de mulheres que sofrem violência sexual; a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 215/00, que altera o rito de demarcação de terras indígenas e fere as conquistas destes povos; a PEC 171/93, que reduz a idade penal de 18 para 16 anos; os pedidos de impeachment, sem base legal, da presidente Dilma, entre outros.

A ideia é ocupar as ruas para apontar uma alternativa que assegure as conquistas e promova avanços. Entre os pontos defendidos pela Frente está a realização de reformas estruturantes, como uma reforma política verdadeira, além das reformas agrária e urbana. Outra bandeira é a democratização dos meios de comunicação.

A manifestação também vai apoiar o movimento grevista dos petroleiros, iniciado dia 1º de novembro. Para as entidades, a estatal é crucial para assegurar a soberania do país, interesse ameaçado por projetos apresentados no Congresso por parlamentares tucanos, que tentam privatizar a empresa pública para atender aos interesses do capital internacional.

A Frente Brasil Popular foi lançada em setembro com o objetivo de confrontar o avanço de uma pauta conservadora imposta ao país, enfrentar a intolerância e a atitude antidemocrática com unidade e com uma agenda política que mostre um caminho para o Brasil.

Segundo a líder do PCdoB na Câmara, deputada Jandira Feghali (RJ), “o movimento expressa o desejo de sair da defensiva e ir para a ofensiva com uma agenda para o Brasil”.

O movimento tem apoio de entidades como a União Nacional dos Estudantes (UNE), a Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), a Central Única dos Trabalhadores (CUT), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem terra (MST), Federação Única dos Petroleiros (FUP) e Via Campesina, além de partidos como PCdoB, PT e parte do PDT.

*Informações do Portal Vermelho.