Em meio a ameaças no mundo do trabalho, a Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público iniciou as atividades com a missão de analisar os reflexos diretos da crise econômica sobre os trabalhadores, desemprego, terceirização e precarização das relações trabalhistas.

Durante a instalação do colegiado, o vice-presidente Orlando Silva destacou que a comissão ganha ainda mais relevo em meio à atual conjuntura econômica e política. “Diante da crise econômica que atravessa o Brasil, creio que, nos próximos meses, voltaremos a debater o estado Brasileiro, seu caráter e papel. Enfrentaremos debates centrais sobre o mundo do trabalho.”

Orlando Silva também alertou sobre os riscos que poderão vir a partir de discussões como a da terceirização e a da flexibilização da legislação trabalhista. Segundo ele, a comissão deverá seguir com sua tradição, mantendo a preocupação com o interesse dos trabalhadores.

Outra ameaça é o Programa do PMDB – Ponte para o Futuro -, que prevê medidas que atacam direitos como salário mínimo e Previdência Social. “A proposta apresentada pelo vice-presidente da República, Michel Temer, desmonta o país e o coloca de volta ao passado. Além disso, ela ataca frontalmente uma medida estruturante implementada pelo governo: a política de valorização, acima da inflação, do salário mínimo.”