Em mais uma rodada de mobilizações pelo país da Frente Parlamentar em Defesa da Petrobras, petroleiros, representantes de movimentos sociais e parlamentares discutiram o futuro da exploração e da produção de petróleo. Desta vez, a discussão foi realizada na Assembleia Legislativa da Bahia.

O presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Petrobras, deputado federal Davidson Magalhães (PCdoB-BA), considerou mais um passo na luta pela preservação da companhia que “é estratégica”. Ele disse que a oposição quer permitir a entrada e domínio das petroleiras multinacionais tanto no pré-sal como em outros setores da produção. “A Petrobras representa 10% do PIB e quase 17% dos investimentos, portanto, desestatizar a Petrobras é desestabilizar a economia nacional”.  Na Bahia, sua importância é fundamental: cerca de 1/3 de arrecadação de ICMS do Estado da Bahia vem da produção de petróleo.

Davidson Magalhães defende a Petrobras à frente de toda a linha de produção, “do poço ao posto de gasolina”. Destacou que o momento é de luta em favor regime vigente de partilha, garantindo os investimentos do pré-sal para a educação e a saúde do país. O deputado destacou ainda que a Petrobras bateu recentemente recorde de produção, 800 mil barris no pré-sal. “A capacidade de produção não foi afetada pela crise da Lava Jato. O custo caiu de 14 para 9 dólares o barril, isso é aumento de produtividade”. O parlamentar também anunciou o lançamento nos próximos dias de outras frentes parlamentares em favor da Petrobras em São Paulo (SP), Natal (RN) e Recife (PE).

A Bahia é o berço da extração de petróleo, onde foi descoberto o primeiro poço, no bairro do Lobato, em Salvador, marco zero do petróleo no país. Há mais de 70 anos, o Estado produz petróleo e já chegou a ser o maior produtor nacional, atingindo a média diária de 150 mil barris. O Recôncavo Baiano, ao longo desses anos, já produziu mais de 2,5 bilhões de barris de petróleo, sendo superado, somente, pela produção da Bacia de Campos no Rio de Janeiro.