Firmar acordo do Mercosul com a União Europeia é um dos passos considerados estratégicos pelo Brasil e Uruguai na área de comércio internacional da região. A afirmação foi da presidenta Dilma Rousseff, na última quinta-feira (21), durante visita oficial do presidente uruguaio, Tabaré Vázquez, da qual participou a presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, deputada Jô Moraes (PCdoB-MG).

Segundo Dilma, esta é uma das prioridades da agenda do bloco. “Vamos propor à União Europeia que definamos, para mais breve prazo possível, a data de apresentação simultânea das nossas ofertas comerciais”, reforça a presidenta.

Desde a criação do bloco econômico dos países da América do Sul, o comércio interno multiplicou. Em 2014, chegou à casa dos US$ 52 bilhões. Tabaré Vázquez concordou que o acordo com a União Europeia é fundamental e afirmou que acreditar ser necessário adaptar as regras do bloco à realidade econômica e comercial internacional. “Continuamos mantendo firmemente o processo de integração regional. Mas, ao mesmo tempo em que valorizamos e queremos resgatar e fortalecer o Mercosul, também pretendemos adaptar o Mercosul à realidade política internacional, à realidade econômica e comercial internacional. Nesse sentido, talvez uma adaptação nas regras do Mercosul, como uma maior flexibilização, pode abrir caminhos importantes para os nossos países e para melhorar a qualidade de vida com nossos povos.”

Relações bilaterais

Brasil e Uruguai estabeleceram, em julho de 2012, um novo paradigma para as relações bilaterais, que se baseia em uma integração profunda e abrangente, destinada a proporcionar benefícios concretos aos dois países. A decisão refletiu-se na criação do Grupo de Alto Nível Brasil–Uruguai, que tem impulsionado importantes projetos bilaterais nas áreas de facilitação do comércio, integração produtiva, infraestrutura de transportes, cooperação fronteiriça e integração energética.

No plano comercial, o Brasil é o principal destino das exportações uruguaias e o segundo maior fornecedor de produtos para o país. Em 2014, o intercâmbio bilateral alcançou US$ 4,9 bilhões, superando o recorde histórico anterior, de 2012.

*Com informações do blog do Planalto e de Cláudia Guerreiro.