Caixa Econômica deve ser mantida pública e com papel de desenvolvimento social
A luta central da Frente Parlamentar em Defesa da Caixa Econômica Federal, lançada nesta quinta-feira (14), será contra a abertura do capital da empresa, visto como uma medida para reforçar o ajuste fiscal anunciado pelo governo federal. A oferta inicial de ações da holding da área de seguros da Caixa teve confirmado o interesse de 16 bancos de investimentos.
Segundo Daniel Almeida (PCdoB-BA), presidente do grupo que conta com apoio de 223 parlamentares e gestores, “este é o momento de mostrar à sociedade o papel fundamental da Caixa para o desenvolvimento do país”. A instituição, totalmente pública, também possui um caráter especial, além das suas atribuições. É centralizadora de operações relativas ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), Programa de Integração Social (PIS) e Bolsa-Família. “A abertura do capital é um retrocesso, representa perda da independência, o que vai expor a CEF às pressões do mercado”, afirma Almeida.
O deputado Chico Lopes (PCdoB-CE) também participou do lançamento. O vice-presidente da Caixa, José Carlos Medaglia Filho, destaca que o banco é a “terceira maior instituição financeira do país, por isso consegue comprovar sua viabilidade financeira de ser um banco comercial, de fomento e social. É uma instituição de apelo popular que ao longo da história vem cumprindo essa missão”. Para ele, trazer para o debate político a independência da CEF foi uma importante iniciativa do Parlamento.
A CEF foi fundada, em 12 de janeiro de 1861, pelo imperador D.Pedro II, com o objetivo de promover entre a população o hábito de poupar, principalmente, entre as pessoas de baixa renda. Desde sua criação, o banco estabeleceu seu foco social. Sua atuação se estende às atividades artístico-culturais, educacionais e esportivas.