Após anunciar a reforma administrativa na última semana, a presidenta Dilma Rousseff empossou nesta segunda-feira (5) os novos ministros do seu governo. Na cerimônia, Dilma pediu aos novos e atuais membros da equipe que trabalhem com dedicação para ajudá-la em seu mandato. “Recomendo muita dedicação, pois temos um Brasil para governar até 2018.”

Segundo a presidenta, as mudanças e as ações anunciadas têm o objetivo de dar mais eficiência ao Estado. Além da redução de oito ministérios foram anunciados, na semana passada, cortes de 30 secretarias nacionais e de três mil cargos comissionados, redução de 10% nos salários dos ministros, limite de gastos com passagens aéreas, diárias e telefonia e revisão dos contratos de aluguel e prestação de serviços.

“Trata-se de um conjunto de ações que se iniciam agora, mas que terão novos desdobramentos. Buscamos atender a exigência justa de um Estado mais eficiente, mais focado e mais capacitado para garantir a parcimônia de seus gastos”, destacou Dilma.

Uma das mudanças anunciadas pela presidenta diz respeito à Pasta dirigida pelo PCdoB. Aldo Rebelo, ex-ministro de Ciência e Tecnologia, passará a comandar o Ministério da Defesa. Para a líder do PCdoB na Câmara, deputada Jandira Feghali (RJ), a escolha foi acertada. “Ele apresenta habilidades e grande articulação política para lidar com as demandas da Pasta e para defender a soberania nacional e a democracia”, destacou.

Em seu discurso, Dilma enalteceu o papel do comunista. Segundo a presidenta, ela espera que Aldo dê sequência aos investimentos e às iniciativas que estão sendo feitos na área. “Vamos cada vez mais fazer dos investimentos em equipamentos e tecnologia de defesa, elemento de desenvolvimento e fortalecimento de nossa indústria. Caberá ao ministro Aldo Rebelo dar sequência a todas essas iniciativas. Estou certa de que o fará com excelência. Seja por sua profunda compreensão da importância das Forças Armadas para a soberania do nosso país, seja por sua visão democrática e moderna da defesa nacional”, destacou Dilma.

Quando deputado federal, Aldo presidiu a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara dos Deputados e teve participação importante em questões relativas à área militar, como a polêmica sobre a preservação do atual texto da Lei da Anistia, por exemplo.  Esta é a quarta vez que o comunista assume um ministério na Esplanada. No governo Lula esteve a frente do Esporte e Relações Institucionais; já no governo Dilma, comandava o Ministério da Ciência e Tecnologia. O fato de o ministro ter trabalhado recentemente com projetos estratégicos também ajudou na aproximação e conhecimento de programas das Forças Armadas.

“É preciso ressaltar seu papel nas funções e tarefas de confiança junto ao núcleo político do governo; papel que deve ser salientado no Ministério da Defesa que tem uma natureza de Estado e é de caráter estratégico para o país”, avaliou a presidente nacional do PCdoB e deputada federal, Luciana Santos (PE).

Também tomaram posse os ministros: Ricardo Berzoini, que vai comandar a Secretaria de Governo; Miguel Rossetto, o Ministério do Trabalho e Previdência Social; Nilma Lino Gomes, o Ministério das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos; Marcelo Castro, o Ministério da Saúde; Aloizio Mercadante, que volta para o Ministério da Educação; Jaques Wagner, que assumiu a Casa Civil; Celso Pansera, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação; Helder Barbalho, o Ministério dos Portos e André Figueiredo, o das Comunicações. Foram empossados ainda o chefe da Casa Militar, que vai substituir o extinto Gabinete de Segurança Institucional, general Marcos Antonio Amaro dos Santos; e os secretários especiais da Previdência, Carlos Gabas; do Trabalho, José Lopez Feijóo; das Mulheres, Eleonora Menicucci; da Igualdade Racial, Ronaldo Barros; e dos Direitos Humanos, Rogério Sottili.