Milhares de pessoas foram às ruas nos últimos dias 13 e 15 de março para se manifestar pró e contra o governo Dilma. Os atos repercutiram no Congresso esta semana e os debates entre oposição e situação chegaram a esquentar no Plenário da Câmara. Apesar das bandeiras distintas, o combate à corrupção no país permeou os pedidos da esquerda e da direita. Confira a avaliação dos comunistas. Leia também a íntegra da nota do PCdoB sobre as manifestações.

“O combate à corrupção não é monopólio de nenhum grupo, muito menos dos que se posicionam contra o governo. Essa é uma obrigação de todos nós, a começar pelo fim do financiamento empresarial das campanhas, que é uma decisão que este Congresso deve tomar. Nenhuma caminhada democrática incorpora faixas, bandeiras e grupos pedindo intervenção militar, com suástica nazista, morte a comunistas ou enforcamento de governantes. A democracia que se vive permite liberdade de expressão e manifestação.” Jandira Feghali, líder do PCdoB na Câmara

“A cobertura da mídia nas manifestações do dia 15 convocavam golpe. São essas as intenções pacíficas dessas manifestações?” Alice Portugal (PCdoB-BA)

“Houve excessos e desatinos, como os pedidos de volta da ditadura ou o impeachment de Dilma quando não pesa sobre ela qualquer evidência de envolvimento em desmandos. Mas o cenário de insatisfação não pode ser minimizado. É fundamental encarar o problema de frente. O Brasil é forte. É maior do que as crises. Tem instituições sólidas, vive plenamente a sua democracia e, com certeza, vencerá as dificuldades. Vamos nos unir.” Cadoca (PCdoB-PE)

“É nas ruas, no debate, que nós vamos garantir o mandato da presidenta Dilma. Para combater a corrupção devemos lutar para fazer a reforma política democrática com eleições limpas. Tirar o financiamento empresarial das campanhas eleitorais e dos partidos políticos é fundamental para isso.” Daniel Almeida (PCdoB-BA)

“As manifestações do dia 13 e a luta política em curso no Brasil devem ser respeitadas. Nós respeitamos isso e vamos enfrentar essa luta política no Congresso e fora dele, porque nós temos um projeto a disputar.” Davidson Magalhães (PCdoB-BA)

“Se eles chegassem ao poder [manifestantes do dia 15, que pediam intervenção militar] tirariam o povo das ruas como já fizeram. Eu vivi a ditadura. Eu vi meus companheiros não voltarem. Ditadura Nunca Mais!” Jô Moraes (PCdoB-MG)

“As manifestações de junho de 2013 e as dessa semana precisam ser entendidas como um levante democrático. E o seu legado resultar no combate à corrupção e em um país mais justo para seu povo.” João Derly (PCdoB-RS)

“O tom dos atos contra Dilma é antidemocrático, contra o resultado das urnas. A resposta deve ser uma agenda pra desenvolver o Brasil.” Orlando Silva (PCdoB-SP), vice-líder do governo na Câmara