No mês da mulher, as bancadas femininas da Câmara e do Senado receberam as embaixadoras estrangeiras em missão oficial em Brasília. Na pauta, dados sobre a violência contra a mulher e as campanhas para aumentar a representatividade feminina nas instâncias de poder. O evento também serviu como abertura da exposição “1 em 3: o que é preciso para te fazer sentir revoltado?” – organizada pelo Banco Mundial.

A procuradora da Mulher no Senado, Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), considera relevante o início deste trabalho diplomático com as embaixadoras. Ela lembrou que o Brasil ocupa a 124ª posição no que tange à representação feminina na política institucional. Por isto defende mudanças na legislação que corrijam o que considera uma "distorção".

“Somos 40% da mão de obra do país, as pesquisas mostram que na média temos uma melhor formação educacional, e, no entanto, os salários das mulheres são 30% inferiores”, afirma.

Para a deputada Jô Moraes (PCdoB-MG), é importante marcar a luta pela igualdade e pelos direitos das mulheres. “Quero que a gente compreenda e que nos embandeiremos para garantir mais mulheres no poder. Estamos lutando para que as mulheres possam contribuir com sua percepção para construir um Brasil melhor”, defende.

Estiveram presentes 14 das 21 embaixadoras em missão na capital brasileira. Algumas não puderam comparecer por estarem em eventos ou missões em outras cidades. Marcaram presença representantes da União Europeia, da Áustria, Romênia, Eslovênia, Albânia, Venezuela, Cuba, Nicarágua, Jamaica, El Salvador, Guiana, Mongólia, Guine-Bissau e Botswana. Também participaram o representante do Banco Mundial, Boris Utria, e representantes do Itamaraty.

*Informações da Agência Senado.