Os deputados Daniel Almeida (PCdoB-BA) e Davidson Magalhães (PCdoB-BA) participaram de ato em defesa da Caixa Econômica Federal (CEF), na quarta-feira (25) na Câmara dos Deputados. Na ocasião, Daniel Almeida apresentou a proposta de criação da Frente Parlamentar em Defesa da Caixa.

A sugestão foi recebida com entusiasmo pelos funcionários do banco e sindicalistas que lutam contra a intenção de abertura do capital do banco, em estudo pelo governo federal. O anúncio foi feito no final de 2014, pela presidenta Dilma Rousseff, mas, segundo ela, o processo “vai demorar”, pois não é prioridade.

Atualmente, a União detém o controle de todo o capital da Caixa. O banco fechou as contas no ano passado como um dos três maiores do Brasil, com R$ 124 bilhões em financiamentos imobiliários – o equivalente a 20% do total no país –, além de atuar como agente de políticas públicas, operadora das loterias e financiadora de projetos de infraestrutura.

Segundo Almeida, a caixa resistiu à era neoliberal e vive um momento de expansão. “Se afirma com a confiança e credibilidade da poupança, não justifica abrir o capital da Caixa. Essa é uma concessão que o Brasil não vai fazer ao capital financeiro”, destacou.

O deputado Davidson Magalhães, também do PCdoB baiano, alertou para o perigo da iniciativa. “A Caixa é o banco com maior participação nas políticas públicas, é a grande financiadora das políticas públicas no país. Com a abertura do capital, significa que terão investidores, que terão a visão do mercado. Portanto será a lógica do mercado financeiro se impondo sobre a lógica de uma politica social de uma empresa que demonstrou ser competente. A defesa da Caixa é uma defesa do processo de desenvolvimento econômico do Brasil, do processo de desenvolvimento autônomo, cuja a lógica deve ser o desenvolvimento nacional com distribuição de renda e com melhoria da qualidade de vida das pessoas e não com a lógica do setor financeiro”, explica.

O ato foi organizado pela Federação Nacional das Associações de Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) e pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf).

*Com informações da Agência Câmara e da assessoria do parlamentar