O candidato à presidência da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP), recebeu o apoio de deputadas de seis partidos: PT, PCdoB, PP, PTB, PR, PMN. Na ocasião, a bancada feminina da Câmara apresentou uma plataforma com demandas específicas sobre os direitos das mulheres. Entre as prioridades está a aprovação da PEC 590/06, da deputada Luiza Erundina (PSB-SP), que garante a reserva de pelo menos uma vaga indicada pela bancada feminina nas mesas da Câmara e do Senado e nas mesas de comissões. A reunião foi na noite deste sábado (31).

Para Jandira Feghali, líder do PCdoB na Câmara, a Bancada Feminina é uma instituição dentro do parlamento que conquistou espaço de liderança, voz, mas faz falta conquistar ainda mais. E que Chinaglia poderá ajudar a avançar. “O grande desafio das mulheres para o próximo período, especialmente na Câmara dos Deputados, é avançar nos espaços políticos, porque a qualidade na atuação das mulheres existe”, avalia Jandira.
Sobre Chinaglia, a deputada afirma que tem competência para garantir a estabilidade democrática, governabilidade e uma agenda contemporânea e avançada.

Maria do Rosário (RS), parlamentar do PT, lembra que há apenas um partido com líder mulher e é o PCdoB. “Entre todas as bancadas, só há uma líder de bancada que é a deputada Jandira Feghali, pelo PCdoB. É preciso reconhecer isso e verificar como tem sido importante que o PCdoB tenha esse histórico com líderes mulheres. Isso para todas nós no parlamento. E é essencial também estar na campanha do Chinaglia porque apoiá-lo hoje significa dizer que nenhum tema ficará obstruído no debate”.

Arlindo Chinaglia afirma que, eleito, poderá construir uma comissão permanente sobre os Direitos das Mulheres, para que, futuramente, pavimente-se uma estrutura com um espaço fixo na Mesa da Casa, que não existe hoje. “Nós podemos, por exemplo, a partir disto, debater o problema do aleitamento, o de cesárias abusivas, da violência contra a mulher. É uma pauta muito grande”.

Chinaglia disputa Presidência da Câmara pela segunda vez. Foi presidente entre 2007 e 2009 e ocupa a primeira vice-presidência desde maio do ano passado. A coordenadora da Bancada Feminina, Jô Moraes (PCdoB-MG), afirma que sempre pode contar com o voto do candidato nas pautas femininas. “Nós temos o registro da história do Chinaglia ao longo das últimas legislaturas, quando esteve em pauta demandas das mulheres. Sempre contamos com o voto dele na tramitação de projetos e, por isso, podemos dizer que apoiaremos com tranquilidade.

A Ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci, considera Chinaglia o melhor candidato. “É a melhor escolha. Ele é muito comprometido com as lutas sociais, com a luta da ampliação dos direitos e a questão da mulher. Há anos, ele tem um compromisso firme com o avanço dessa luta. E eu acredito que na presidência não só defenderá todas as políticas do governo federal, no âmbito geral, mas, fundamentalmente, as políticas dos direitos das mulheres”.

De Brasília, Tatiana Alves