A maior parte da população brasileira é de mulheres. Dados do último Censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2010, revelou que 51% da população são de mulheres. Apesar disso, nas eleições de 2010, as mulheres ocuparam apenas 9% dos cargos públicos. Para saber as razões dessa baixa representatividade, a deputada Jô Moraes (MG), coordenadora da bancada feminina na Câmara, a senadora Vanessa Grazziotin (AM), procuradora da Mulher no Senado, e o ministro Carlos Fernando Mathias, que atualmente ocupa a Secretaria de Transparência do Senado, se reuniram com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Dias Toffoli, para propor um convênio para a realização de uma pesquisa sobre a participação da mulher na política.

A ideia é que o levantamento seja conduzido pelo DataSenado, órgão da Secretaria de Transparência da casa legislativa, com apoio do TSE. A pesquisa ouvirá candidatas e eleitas em todo o Brasil para realizar um levantamento do apoio dado pelos partidos políticos às candidaturas femininas nas eleições de 2014. O resultado da pesquisa ajudará a traçar políticas que ajudem a reverter esse quadro.

"Nós queremos que a estrutura dos partidos políticos favoreça as mulheres. Aumentar a participação feminina na política é a arma para superarmos as desigualdades e as opressões sofridas”, afirmou Jô Moraes.

Segundo o ministro Dias Toffoli, o TSE tem limites legais para agir, “mas aquilo que for possível fazer para incentivar a devida participação das mulheres no processo político, nós continuaremos a fazer”.

Em março deste ano, o TSE lançou uma campanha para incentivar a participação feminina nas eleições de outubro. É a primeira ação institucional do TSE sobre o tema e é fruto de emenda incluída pelo Senado na minirreforma eleitoral (Lei 12.891/2013), aprovada pelo Congresso no ano passado. A lei estabelece que, em anos eleitorais, de março a junho, o TSE “poderá promover propaganda institucional, em rádio e televisão, destinada a incentivar a igualdade de gênero e a participação feminina na política”.

Assessoria de Comunicação
Liderança do PCdoB CD
Christiane Peres, com informações do TSE