Com o objetivo de ajudar a acabar com as práticas de racismo no futebol, dentro e fora dos estádios, a Comissão do Esporte da Câmara dos Deputados lançou nesta quarta-feira (14), a campanha “Fim de jogo para o racismo”.

A campanha pretende conscientizar a sociedade, profissionais e pessoas envolvidas com esporte sobre as atitudes de racismo praticadas contra atletas e profissionais durante eventos esportivos, destacando que o racismo é crime inafiançável e imprescritível, definido pela Lei 7.716/89 há mais de 20 anos, e a qualquer um é dado o exercício da prisão em flagrante.

Membro do colegiado, o deputado Gustavo Petta (SP) destacou a importância da iniciativa, reforçando que a Câmara cumpre seu papel ao explicitar o problema e se engajar no combate à discriminação. “Racismo é inaceitável. No esporte, no futebol, que é um elemento de identidade nacional, de convergência é ainda pior. Não podemos aceitar as manifestações de racismo que têm acontecido no mundo inteiro. Somos um país de população miscigenada, onde a maioria não é racista. Cumprimos nosso papel ao fazer esse importante debate”, afirmou. 

O último caso de racismo no futebol aconteceu em abril contra o jogador André Alves, durante partida do campeonato espanhol. Um torcedor do Villarreal arremessou uma banana contra o jogador. Em resposta, o brasileiro comeu a fruta em campo, antes de cobrar escanteio. A reação do jogador gerou milhares de mensagens de solidariedade e campanha espontânea nas redes sociais, explicitando o tema.

Este ano, outros casos de racismo no futebol também ganharam destaque, como o do volante Tinga, que foi hostilizado em fevereiro por torcedores do Real Garcilaso, do Peru, no jogo de estreia do Cruzeiro na Taça Libertadores da América. Um mês depois, o jogador Arouca, do Santos, foi chamado de "macacão" por torcedores durante partida contra o Mogi Mirim pelo campeonato paulista.

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