Na última semana, a deputada Alice Portugal (BA) solicitou à Mesa Diretora da Câmara rejeição do requerimento a favor do golpe. Alice lembrou que em novembro do ano passado o Congresso anulou sessão de abril de 1964 que declarou vaga a presidência da República, no mandato de João Goulart, e suspendeu o Estado democrático de direito no país por 21 anos (1964-1985).
 
Havia três sessões solicitadas sobre os 50 anos de golpe, uma pela deputada Luiza Erundina (PSB/SP), a segunda pelo Rubens Bueno (PPS/PR) e a terceira pelo Jair Bolsonaro (PP/RJ). A única a favor foi feita por Bolsonaro. De acordo com o requerimento negado (REQ 9591/2014 ), "a data de 31 de março de 1964 é, reconhecidamente, um marco na história de nosso país, representando o ápice de um momento político e social no qual as Forças Armadas foram instadas pelo povo brasileiro a defender a ordem, o respeito e a democracia, evitando a 'cubanização' que se aproximava”.
 
Para Bolsonaro, o Estado possibilitou, ao longo de vinte anos a consolidação da democracia, o respeito aos direitos humanos e inegável progresso na geração de empregos e direitos sociais, hoje, lamentavelmente ameaçados.
 
"Com esta decisão a Câmara dos Deputados honra o compromisso com a democracia. Homenagear o golpe, que culminou com a ditadura militar, seria virar as costas à sociedade, um desrespeito aos brasileiros que perderam suas vidas lutando pela liberdade e combatendo as atrocidades do regime autoritário."
 
Assessoria de Comunicação
Liderança PCdoB CD
Tatiana Alves