Alice Portugal (BA) – “Os dados do Ipea, Instituto de Pesquisa Econômica de Pesquisa Econômica Aplicada, divulgados no último dia 17 de novembro nos assusta. As maiores vítimas de homicídio no Brasil são jovens e negros, numa proporção 135% maior do que os não negros. É um índice descabido! A maior população negra fora da África é na Bahia. Estar no dia 20 de novembro com esses dados na mão é tomar a consciência que é necessário apoiar as políticas afirmativas de inclusão, igualdade racial no Brasil”.

Assis Melo (RS) – “ No Brasil, 76% da renda das famílias advém do trabalho. No entanto, a população negra entra no mercado de trabalho em desvantagem, com níveis educacionais inferiores ao da população branca, sem contar com a diferença salarial entre brancos e não brancos”.

Chico Lopes (CE) – "Destacamos, com muita alegria mas também com o sentimento de que ainda há muito o que fazer, o Dia da Consciência Negra, celebrado nesta quarta-feira, 20 de novembro, data em que lembramos a morte do líder Zumbi dos Palmares, símbolo da luta pela liberdade e valorização do povo afrobrasileiro"

Daniel Almeida (BA) –  “O Dia da Consciência Negra não é só um dia não só de rememorar e valorizar a memória de Zumbi, mas de fazer reflexão sobre a realidade dos negros no Brasil hoje.  Os negros continuam vivendo uma situação de discriminação e desigualdade em todas as áreas, a econômica, política e social e isso se expressa com muita força na Bahia que tem uma população majoritariamente de origem africana”.


Deputado Delegado Protógenes (SP) – “Nesse dia da Consciência Negra desejo lembrar a todos, de qualquer nacionalidade, qualquer credo, qualquer origem que a humanidade surgiu na África. Por isso somos todos afrodescendentes. Por isso correm ao menos algumas gotas de sangue negro em nossas veias, embora nem sempre fiquem visíveis exteriormente. A presença da cultura e do sangue negro é ainda mais forte no Brasil. Como disse Gilberto Freyre em Casa Grande & Senzala: “todo brasileiro, mesmo o alvo, de cabelo louro, traz na alma, quando não na alma e no corpo, a sombra ou pelo menos a pinta do indígena ou do negro.” A miscigenação social, sexual e cultural é o grande exemplo que o nosso país oferece a um mundo onde o ódio racial ainda encontra campo fértil”.

Evandro Milhomen (AP) – “ A reflexão desse dia infelizmente não se traduz em resultado de política social para a população negra. São 90 milhões de negros, de acordo com o último Censo do IBGE, e mesmo assim as políticas públicas estão distantes da realidade dessa população”.

Jandira Feghali (RJ) – “Embora tanto valor, sente na pele, por causa da própria pele, aquele cidadão que enfrenta a discriminação étnica no dia a dia, silenciosamente ou abertamente. É inegável que políticas públicas integradoras e de equidade tenham emergido nos 10 anos de governo Lula e Dilma, mas o povo autodeclarado negro ainda luta contra o fundamentalismo religioso e o preconceito velado”.

Jô Moraes (MG) – “A população negra já enfrenta em todas as dimensões um grau de discriminação e preconceito e obstáculos para  sua inclusão político-social. No caso específico das mulheres, tem um componente particular das mulheres negras que é a marca deixada pela estrutura social da sociedade colonial em que a mulher negra é apresentada como um símbolo da sensualidade, onde não passa a afirmação da capacidade dessa mulher. Por isso, nesse Dia da Consciência Negra é fundamental o combate decisivo a espetacularização da mulher negra".

João Ananias (CE) – “Que viva Zumbi dos Palmares, num Brasil ainda de muitas desigualdades entre brancos e negros”.

Luciana Santos (PE) – “Nós precisamos enxergar aqueles que sofrem com discriminação, opressão que é real no Brasil, mesmo com a miscigenação”.

Manuela D’Ávila (RS) – “Um mundo de tolerância é muito pouco. É preciso respeito e igualdade de verdade!”

Perpétua Almeida (AC) – A parlamentar citou Darcy Ribeiro. "A mais terrível de nossas heranças é esta de levar sempre conosco a cicatriz de torturador impressa na alma e pronta a explodir na brutalidade racista e classista. Ela é que incandesce, ainda hoje, em tanta autoridade brasileira predisposta a torturar, seviciar e machucar os pobres que lhes caem às mãos. Ela, porém, provocando crescente indignação nos dará forças, amanhã, para conter os possessos e criar aqui uma sociedade solidária". (Darcy Ribeiro: “O povo brasileiro”, Companhia das Letras, 1995).

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Tatiana Alves