Deputados da Comissão de Cultura manifestaram, nesta quarta-feira (5), sua solidariedade à família da palhaça venezuelana Julieta Hernández, a Jujuba, assassinada em janeiro deste ano, enquanto viajava sozinha pelo Amazonas. Os parlamentares se somaram ainda à cobrança da família para que o caso seja enquadrado como feminicídio.

“É fundamental que este crime seja caracterizado como feminicídio e não como latrocínio. Minha solidariedade, meu sentimento profundo à família. E gostaria que consignássemos esse pedido aos devidos organismos sobre a caracterização adequada deste crime enquanto Comissão”, pontuou a deputada Alice Portugal (PCdoB-BA).

A irmã de Julieta, Sophia Hernández, esteve na reunião deliberativa do colegiado junto com ativistas da União Brasileira de Mulheres (UBM), para pedir apoio à reivindicação.

“Nos somamos à essa cobrança para que a justiça seja feita de forma célere”, enfatizou o 2º vice-presidente da comissão, deputado Tarcísio Motta (PSol-RJ), que presidia a reunião.

Além de se somar aos demais parlamentares, a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), vice-presidente da Comissão de Cultura, pediu apoio à homenagem póstuma para Julieta. Jandira indicou a palhaça Jujuba para receber o Prêmio Paulo Gustavo, que dá visibilidade a artistas do humor.

“É importante que a apuração se conclua e o julgamento se dê rapidamente. Mas também aproveito para pedir que todos votem e que prestemos essa homenagem póstuma à Jujuba”, disse.

Julieta estava no Brasil há oito anos e fazia parte de um grupo de cicloviajantes. Ela pedalava por diversos estados do país fazendo apresentações circenses. Em janeiro, quando foi assassinada em Presidente Figueiredo (AM), ela estava viajando de bicicleta para reencontrar sua mãe.