O embaixador da China em Brasília, Yang Wanming, disse nesta quinta-feira (20) que a China vai liberar ao Brasil lotes de ingrediente farmacêutico ativo (IFA) suficientes para produzir 16,6 milhões de doses das vacinas Coronavac e AstraZeneca.

“Na conversa com o Fórum dos Governadores (realizada hoje), informei a liberação dos novos lotes de IFA para produzir, no total, 16,6 milhões de doses da CoronaVac e [da] vacina [da] AstraZeneca, que chegarão no Brasil nos próximos dias”, anunciou o embaixador no Twitter.

A notícia foi comemorada pelo líder do PCdoB na Câmara, deputado Renildo Calheiros (PE). “Boa notícia!”, destacou o parlamentar ao lado da informação anunciada pelo embaixador da China no Brasil.

O vice-líder da legenda, deputado Daniel Almeida (BA), destacou que o anúncio é "uma importante articulação dos governadores que, diante dos desmandos do governo federal, lutam bravamente pelas vidas brasileiras".

Participaram da reunião com Yang Wanming os governadores Wellington Dias (PT), do Piauí; João Doria (PSDB), de São Paulo; Flávio Dino (PCdoB), do Maranhão; e Waldez Góes (PDT), do Amapá.

"Enquanto o (des)governo Bolsonaro provoca crises  e ofende nações estratégicas todos os dias, governadores conversam e constroem "pontes". Parabéns", ressaltou a deputada Professora Marcivânia (AP).

A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) também comemorou o anúncio: "Parabéns aos governadores que conseguiram a liberação desse importante insumo para a fabricação de vacinas!".

Na última segunda-feira (17), a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) disse que, no próximo sábado (22), deve receber lotes de insumos suficientes para produzir 12 milhões de doses da vacina contra a Covid-19 da farmacêutica AstraZeneca. Já na última terça-feira (18), o Instituto Butantan afirmou que o governo chinês o comunicou que vai enviar três mil litros de insumos para a Coronavac até a próxima quarta-feira (26), quantidade suficiente para produzir cinco milhões de doses do imunizante.

No início de maio, após ataque do presidente Bolsonaro ao país asiático, o Butantan havia anunciado a suspensão do envase da Coronavac por conta da falta de IFA.