O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez declaração à imprensa, nesta quinta-feira (15), rebatendo denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra ele, Marisa Letícia e outras seis pessoas. A instituição apresentou as acusações por meio de coletiva conduzida pelo procurador Deltan Dallagnol, que declarou que “não temos como provar, mas temos convicção”.

Lula condenou a maneira como foram apresentadas as acusações pelo MPF, chamando a coletiva de espetáculo de pirotecnia. O ex-presidente ressaltou que, assim como já havia declarado anteriormente, está à disposição para colaborar com quaisquer investigações, desde que elas sejam conduzidas com respeito.

“Querem acabar com a minha vida política, não existe outra explicação. Querem investigar, investiguem. Querem que eu preste depoimento, me chamem. Eu só quero que sejam verdadeiros, honestos. Que respeitem a dona Marisa, que respeitem a minha família”, declarou.

Depois de fazer um resgate emocionado de sua trajetória pessoal e enaltecer as principais conquistas do povo brasileiro no seu governo e no de Dilma Rousseff, Lula pediu cuidado no funcionamento das instituições. Para ele, somente com o fortalecimento delas teremos, também, um Estado forte.

“Acho que os companheiros que compõe o corpo do MP precisam ficar atentos, porque meia dúzia de pessoas não pode estragar o histórico de uma instituição tão importante para este país. Uma instituição que ajudei a construir na Constituinte de 1988”, alertou.

Muito aplaudido e ovacionado, o ex-presidente encerrou seu pronunciamento defendendo mais uma vez sua inocência. “Ninguém respeita a lei neste país mais do que eu, provem uma corrupção minha que irei a pé para ser preso. Com todas essas denúncias, eu tenho a consciência tranquila e mantenho o bom humor. A desgraça de quem conta a primeira mentira é que precisam passar a vida inteira mentindo. Que peçam desculpas. Não tentem inventar mais coisas para justificar.”