Mais de 60 milhões de brasileiros devem continuar tendo atendimento médico nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) por mais três anos. Isso porque, nesta segunda-feira (22), parlamentares aprovaram a Medida Provisória 723/16, que prorroga por mais três anos o Programa Mais Médicos, implementado no governo Dilma para suprir a carência de profissionais de saúde no país. A MP segue agora para análise do Senado, para não perder a validade, precisa ser aprovada até a próxima segunda-feira (29).

Amplamente criticado à época de sua criação por setores da então oposição, a votação desta segunda-feira foi unânime e garantiu a continuação do programa. “O Mais Médicosdeu conta de uma tragédia no Brasil, que é o fato de não termos médicos suficientes para atender com qualidade nossa população. A prova do sucesso do programa é que hoje, mesmo aqueles que eram contra a medida na época da presidente Dilma, votaram a favor”, afirma a deputada Angela Albino (PCdoB-SC).

Desde que foi criado, em 2013, o Mais Médicos já levou 18.240 médicos para 4.058 municípios (73% dos municípios brasileiros) e para os 34 distritos de saúde indígenas, enfrentando a insuficiência ou mesmo ausência desses profissionais nas periferias das grandes cidades, nos pequenos municípios, comunidades quilombolas, indígenas, ribeirinhas e assentadas.

De acordo com a deputada Jô Moraes (PCdoB-MG), o envio desta MP foi um dos últimos atos da presidente Dilma Rousseff antes ter sido afastada do seu mandato. “Ela quis garantir que o povo brasileiro não teria seu atendimento à saúde interrompido. E nós conseguimos nos certificar disso aqui”, comemora.