Cerca de 500 educadores de todo o Brasil, representando os 49 sindicatos filiados à Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), vieram ao Congresso Nacional na quarta-feira (11), para pedir apoio aos parlamentares na defesa de pautas que garantam mais qualidade para a escola pública.

Os trabalhadores entregaram suas reivindicações para deputados e senadores, cobrando a aprovação da Lei de Responsabilidade Educacional (PL 8039/10); a aprovação do PL 2142/11, que autoriza os Ifes a ofertarem cursos do Profuncionário e similares; e se manifestaram contra a Lei da Mordaça (PL 867/15); contra a Terceirização (PL 4330/04 e PLC 30/15); e contra o PL 6726/13 e o PLS 131/15, que reduzem os recursos dos royalties do petróleo e do Fundo Social para a educação e a saúde.

Segundo a deputada Alice Portugal (PCdoB-BA), as lutas por melhores condições para os trabalhadores da educação e por mais qualidade na educação pública brasileira são contínuas. “Fazemos um forte debate acerca das bandeiras da educação brasileira, defendendo o pagamento do piso salarial do professor, a garantia do pagamento dos royalties do petróleo e da inclusão no orçamento da União dos 10% do PIB para a educação. Bandeiras aprovadas que ainda não foram executadas, mas que cobramos semanalmente, pois é o que garantirá o avanço da educação brasileira”, lembra Alice.

Marta Vanelli, secretária geral da CNTE, apontou a urgência da qualificação da educação pública. “Nós entendemos que a questão da valorização de todos os profissionais da educação é um dos principais elementos para qualificar a educação pública do Brasil. Além de melhorar as estruturas das escolas, além de melhorar a gestão democrática e ter um bom currículo, se não tiver a valorização dos profissionais, a educação vai mal”, afirma.

Após sair do Congresso, o grupo seguiu em passeata até o Ministério da Educação para a entrega oficial das propostas da CNTE. Agora, o Executivo deve elaborar um projeto de lei para ser aprovado no Congresso até junho de 2016, como exige o PNE. “Assim, teremos um piso profissional e uma carreira única para professores e funcionários da educação. Afinal somos todos educadores merecem ser valorizados”, concluiu o presidente da CNTE, Roberto Leão.