O dia 9 de maio de 1945 está marcado na história da humanidade. Nesta data a União Soviética impôs uma derrota ao regime de Adolf Hitler, levando ao fim do nazismo, que tentava o domínio dos territórios europeus, africanos e asiáticos. Já se passaram 70 anos desde o Dia da Vitória, mas a memória dos heróis russos permanece viva para o mundo.

Durante o período da Segunda Guerra (1941-1945), mais de 26 milhões soviéticos morreram nos campos de batalha, entre militares e civis. A exposição Cartazes Soviéticos retrata na arte da época a revolta vitoriosa promovida pela população e o estado contra a violência, intolerância racial, genocídio e tratamento degradante de homens e mulheres por parte dos nazistas. O nazifascismo assombrou o continente europeu, arrasando cidades inteiras e ceifando famílias.

Para o técnico em eletrônica, Diego Arnoni, 28 anos, que visitou o Museu, a mostra retira da invisibilidade o papel da União Soviética na história. Muitos enfatizam os Estados Unidos como fundamentais. “A exposição destaca muito bem a importância da União Soviética na Segunda Guerra, o impacto que houve tanto para nações envolvidas quanto para os milhares de soviéticos que perderam a vida. É muito bom recordar uma pátria vermelha que é muitas vezes apagada”, ressalta.

Os cartazes da Grande Guerra Patriótica serviam de auxílios visuais para explicar de forma simples várias questões como, por exemplo, a atitude do poder soviético na frente de batalha. Junto com os jornais e rádios, era um meio de propaganda durante a guerra, um jeito de incentivar pessoas para tomar a ação política ou de trabalho.

Cartazes Soviéticos – Mostra fotográfica da Exposição de Cartazes Soviéticos, na grande guerra patriótica de 1941 a 1945. Fotos: Richard Silva

Flickr PCdoB na Câmara: https://www.flickr.com/photos/pcdobcamara/albums/72157660123742477

A estudante de Direito, Júlia Queiroz, 21 anos, aponta que a arte incentiva o debate sobre o convívio pacífico entre as nações. “Todos queremos a tolerância, mas ao mesmo tempo somos ainda intolerantes. Hoje em dia, a gente busca igualdade, mais direitos, o respeito às diferenças. Na prática, não aceitamos o diferente ou o direito das minorias. E isso é uma contradição.”

No texto de abertura da mostra, o embaixador da Rússia no Brasil, Sergey Akopov, deixa um importante recado aos visitantes: “as lições de guerra avisam que o estímulo à violência, indiferença e relutância resultam em tragédias de escala mundial. Temos que defender uma nova cultura de relacionamentos a evitar o retorno às guerras frias e às incandescentes”.   

Artistas como Irakli Toidze (“Mãe Pátria”), Alexei Kokorekin ( “Pela Pátria”) e Viktor Koretski (“Soldado do Exército Vermelho, Salva!”) são os destaques da exposição que começou em 5 de novembro e fica no Museu Nacional da República até o dia 29. Não perca.             

SERVIÇO

EXPOSIÇÃO “CARTAZES SOVIÉTICOS”

De 5 a 29 de novembro, ter. a dom., das 9h às 18h30, no Museu Nacional do Conjunto Cultural da República, em Brasília-DF

Museu Nacional

Setor Cultural Sul, lote 2, próximo à Rodoviária do Plano Piloto – Zona 0.

Horário de visitação: Terça-feira a domingo, das 9h às 18h30.

Telefones: (61) 3325-5220 e 3325-6410

Fax: (61) 3325-5220

E-mail: museunacional@gmail.com