Líderes da base aliada e presidentes de partidos se comprometeram em apoiar medidas do governo Dilma Rousseff que representem uma transição para um novo ciclo de desenvolvimento econômico e social no Brasil.

Em reunião na última terça-feira (7/04), Dilma explicou a necessidade de se fazer um ajuste fiscal no país. “A presidenta Dilma explicitou que o ajuste fiscal é um meio e não um fim. Essas são medidas de caráter provisório com a finalidade de retomar a agenda do crescimento no país. Apesar da crise, o Brasil tem estruturalmente uma economia fundamentada em bases firmes”, diz a vice-presidente nacional do PCdoB, deputada Luciana Santos (PCdoB-PE).

As líderes da Bancada do PCdoB na Câmara, Jandira Feghali (RJ), e no Senado, Vanessa Grazziotin (AM), participaram da reunião na qual Dilma anunciou Michel Temer como novo coordenador político do Palácio do Planalto. “O objetivo da presidenta é fortalecer o vínculo com a base do governo e sinalizar para as perspectivas de avanço que precisam ser tomadas pós-ajuste", avalia Luciana Santos.

Nesta quarta-feira (8/04), os partidos aliados ao Executivo no Congresso formalizaram apoio a um documento que defende medidas de ajuste fiscal, mas com melhorias a serem negociadas. No documento, intitulado "Acordo pelo reequilíbrio macroeconômico para a retomada do crescimento", os líderes da base afirmam que apoiam o esforço pelo equilíbrio fiscal porque ele significará uma transição para um novo ciclo de crescimento. A ideia é "promover o equilíbrio das contas públicas para trazer a inflação para o centro da meta, de forma a proporcionar tranquilidade aos trabalhadores e estimular a confiança necessária para o investimento".

O líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), afirmou, porém, que o espaço de negociação está aberto em torno das medidas fiscais. "Nunca se votou uma medida provisória tal como ela saiu do Palácio. Isso faz parte do jogo democrático de diálogo no Congresso”, observou. “Se der, até com a oposição, mesmo a oposição se negando ao diálogo em nome do País, nós estamos dialogando com todo mundo. Nós queremos votar o ajuste como uma sinalização do Congresso e não só do governo."

*Com informações da Agência Câmara