Foram instaladas as comissões especiais que analisarão as Medidas Provisórias 664 e 665, enviadas pelo governo no final de 2014 e que preveem mudanças nas regras para concessão de pensão por morte e do seguro-desemprego, respectivamente. As MPs, segundo o governo, podem gerar uma economia nos cofres públicos de R$ 18 bilhões em 2015, mas têm gerado muita discussão no Congresso.

Desde o anúncio, a Bancada do PCdoB tem se posicionado publicamente contrária aos ajustes nos direitos sociais do trabalhador, principalmente no que se refere ao seguro-desemprego. A legenda tem defendido como alternativa, a regulação do imposto sobre grandes fortunas, que há 26 anos aguarda deliberação no Parlamento. 

As MPs serão relatadas por parlamentares da base aliada – a escolha dos nomes veio de um acordo entre os todos os líderes partidários da Câmara dos Deputados e do Senado. Na próxima reunião, os relatores deverão apresentar os planos de trabalho, que deve incluir audiências públicas. Depois de analisadas pelas comissões especiais, as MPs serão votadas nos plenários da Câmara e do Senado. Se não forem alteradas pelos senadores, seguem para sanção presidencial. Caso sofram modificações, voltam à Câmara, que confirma ou rejeita as mudanças. O prazo limite para apreciação e votação das MPs no Congresso é de 120 dias, contados a partir da data da edição. Se o prazo não for cumprido, elas perdem a validade.