Ampliar as conquistas do Prouni (Programa Universidade para Todos), adotando mecanismos que assegurem a permanência dos bolsistas impossibilitados de conjugar o estudo com o trabalho. Esse é o objetivo dos deputados Wadson Ribeiro (PCdoB-MG) e João Derly (PCdoB-RS). Os parlamentares acreditam que a concessão da bolsa-permanência para os estudantes impossibilitados de conciliar trabalho e estudo é uma das ferramentas de avanço da inclusão socioeducacional.

Em uma década de existência, o ProUni elevou o acesso de jovens de baixa renda ao ensino superior no Brasil. Estima-se que, desde 2005, mais de um milhão de estudantes que ingressaram em universidades a partir do programa já concluíram o curso. A edição do primeiro semestre de 2015 do Programa recebeu de 2.944.672 inscrições feitas por 1.523.878 candidatos, já que eles poderiam optar por até duas opções de cursos. O número é 21% superior ao registrado na primeira edição do ano passado. Administração registrou o maior número de inscrições, 303.845.

“O ProUni foi um avanço porque permitiu que estudantes de camadas menos favorecidas ingressassem em alguns dos cursos mais concorridos das universidades brasileiras. Agora é preciso construir condições para que os prounistas se mantenham nas universidades,” defende Wadson Ribeiro.

O parlamentar explica que nem todas as instituições possuem programas de moradia estudantil, alimentação e transporte. E que é preciso ter uma política que garanta uma assistência para que os prounistas não apenas ingressem, mas tenham condição de concluir os seus cursos. “É fundamental para que o principal objetivo do programa, que é a democratização do ensino superior, tenha êxito,” afirma Wadson Ribeiro.

“É possível ampliar o impacto positivo dessa medida, abrangendo um segmento da população que, com legítimas aspirações à formação superior, enfrenta dificuldades econômicas acentuadas. Trata-se daqueles que, para estudar, precisam renunciar ao emprego, mas não contam com renda suficiente, própria ou familiar, para assegurar o seu sustento”, enfatiza o deputado João Derly.

O Prouni concede bolsas de estudo integrais (100%) e parciais (50%) em instituições privadas de ensino superior, em cursos de graduação e sequenciais de formação específica, a estudantes brasileiros sem diploma de nível superior. O programa usa a nota do Enem.

De Brasília, Tatiana Alves
Com informações da assessoria dos parlamentares