Reconduzida à liderança do PCdoB na Câmara, a deputada Jandira Feghali (PCdo-B-RJ) acredita que 2015 será um ano difícil em razão do perfil conservador do Congresso e da crise econômica mundial.  “O país está ainda vivendo quase que o terceiro turno das eleições: a oposição menos preocupada com o Brasil e mais preocupada com o seu próprio protagonismo. Será também um ano econômico difícil. Nós precisamos garantir a governabilidade, os direitos sociais e dos trabalhadores, garantir um projeto de desenvolvimento econômico para ter a sustentação do País e da renda do povo brasileiro,” defende Jandira Feghali.

Saiba em detalhe as principais áreas de atuação dos (as) parlamentares do PCdoB na Câmara:

REFORMA POLÍTICA

Para Jandira Feghali (RJ), é preciso avançar nessas pautas para garantir as mudanças desejadas pela população. “No caso da reforma política, por exemplo, se nós não avançarmos a direita avança. E o modelo de reforma política que eles querem não dialoga com os anseios populares.”

Alice Portugal (PCdoB-BA) afirma que a grande bandeira é a reforma política, mas uma reforma democrática, que acabe com o financiamento privado de campanhas do ponto de vista de empresas e garanta o financiamento público.

É o que também destaca Daniel Almeida (PCdoB-BA). “A reforma política tem que ampliar a participação da sociedade, ser mais democrática dando oportunidade para seguimentos que antes não participavam e eliminando o máximo possível a participação do poder econômico. Esse é o conteúdo da reforma política que o Brasil precisa. E, mais uma vez, a sociedade terá que participar”.

Segundo Aliel Machado (PCdoB-PR), a reforma política debatida na Câmara (PEC 352) não representa os anseios da sociedade.  “É preciso discutir sem amarras sobre a reforma política. A reforma que vem sendo debatida não contempla aquilo que é a necessidade para fazer a transformação, como acabar com o financiamento privado de campanha, com a doação de empresas e uma série de outros fatores”.

REFORMA DA COMUNICAÇÃO

Luciana Santos (PCdoB-PE) destaca a importância do movimento para aprovação do Projeto de Iniciativa Popular, Lei da Mídia Democrática. "Esta é a ferramenta para uma grande mobilização de massa que pode tornar possível a democratização dos meios de comunicação. Será uma tarefa da Bancada do PCdoB no Congresso."

MUNDO DO TRABALHO

Os desafios são grandes, mas o PCdoB tem um papel importante como aliado do governo, com Orlando Silva (PCdoB-SP), na vice-liderança do governo na Câmara. O parlamentar vai auxiliar o Executivo nas matérias em votação no Plenário, conduzindo um diálogo permanente com a Câmara e a sociedade. “A expectativa é que mandato sirva como um espaço de reflexão, debate com os movimentos sociais para que a gente possa firmar uma agenda e apresentá-la ao Congresso em diálogo com o governo da presidenta Dilma, salvaguardando os direitos , as conquistas dos últimos anos,” afirma o parlamentar.

A coordenadora da Bancada Feminina, Jô Moraes (PCdoB-MG), sai em defesa dos direitos dos trabalhadores e ampliação de conquistas. “Pela minha militância permanente, sem dúvida nenhuma, além dessa questão de apoio integral na luta dos trabalhadores, tenho como prioridade na luta pelos direitos das mulheres, já que este é um setor que me chega com muita pressão devido às condições de violência, de precariedade no atendimento à saúde que as mulheres enfrentam hoje no Brasil”.

O fim da cobrança da contribuição previdenciária dos servidores inativos (PEC 555/2006) está na pauta do deputado Chico Lopes (PCdoB-CE). A cobrança foi aprovada em 2003 pela Reforma da Previdência e instituiu desconto de até 11% sobre os vencimentos que ultrapassarem o teto da Previdência Social, hoje de R$ 4.390,24. Chico Lopes afirma que é preciso sensibilidade para colocar a matéria em votação e tirar essa carga tributária de quem já contribuiu. “Não tem mais sentido o aposentado pagar a Previdência, se ele não vai mais se aposentar. É nessa idade que temos mais necessidade de remédio, de ajuda da família. Precisamos tirar esse peso das costas dos nossos aposentados.”

A conquista do primeiro mandato federal é resultado da aproximação do deputado Rubens Pereira (PCdoB-MA) com as classes trabalhadoras e com a defesa dos seus direitos. A principal motivação para as atividades do parlamentar é "o respeito ao povo brasileiro para avançar nas conquistas realizadas nos governos Lula e Dilma”.

Para estimular a economia nacional, Carlos Eduardo Cadoca (PCdoB-PE), quer beneficiar a população por meio de iniciativas no Congresso, a exemplo do PL 3059/2008, de sua autoria, que se transformou na Lei 12.968/2014, que desburocratiza o visto para turismo de estrangeiros no Brasil.

Bandeira também reforçada pelo deputado, Davidson Magalhães (PCdoB-BA), que lutará pela ampliação da agricultura familiar para que o Brasil se desenvolva cada vez mais.

EDUCAÇÃO

O deputado Chico Lopes avalia que a reforma do ensino médio, que já vem sendo debatida no Congresso Nacional, será um grande desafio a ser enfrentado em 2015, na área da educação. “Temos feito essa discussão na Comissão Especial de Reforma do Ensino Médio, com ideias interessantes para ampliar a qualidade e a efetividade desse ensino, para que sejamos capazes de oferecer ao aluno uma escola mais atrativa, capaz de despertar e manter seu interesse. É importante ampliarmos esse debate para toda a sociedade, para que possamos fazer a melhor reforma e contar com um ensino médio que reflita melhor a realidade de hoje e prepare o aluno para diversas possibilidades, não apenas para o vestibular ou o Enem”, avalia.

Wadson Ribeiro (PCdoB-MG) está em sua primeira legislatura na Câmara dos Deputados e tem uma atuação muito ligada à educação por ter sido presidente da UJS (União da Juventude Socialista). “Aqui na Câmara darei destaque ao tema de ciências e tecnologias que é muito importante para o PCdoB que tem o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e por ser fundamental para um novo projeto nacional de desenvolvimento”.

O ex-judoca João Derly (PCdoB-RS)  lutará por mais educação, esporte como inclusão social, cidades mais humanas e para inserir os jovens no projeto de desenvolvimento que está sendo construído. "Eu venho do meio esportivo e me aproximei efetivamente da política justamente pela minha história como esportista e com trabalho social que faço em Porto Alegre (RS) e eu vi necessidade de representação, da  gente de ter apoio, espaço, oportunidades para as mais diversas frentes esportivas, como o esporte educacional, o esporte e lazer, o esporte de alto rendimento," disse.

De Brasília, Tatiana Alves