Maria do Socorro precisou mudar de nome diversas vezes para viver na clandestinidade no período da Ditadura Militar. Já foi Maria do Socorro, Ana, Socorro Fragoso, Luiza e Josydeméia. Jô Moraes é a síntese desses nomes que teve de usar durante 10 anos em que foi vítima da repressão militar. Hoje Jô Moraes (PCdoB-MG), nome que se transformou em nome político, é a atual Coordenadora da Bancada Feminina da Câmara dos Deputados e a única mulher deputada por Minas Gerais num total de 53 parlamentares.

Eleita deputada federal, em 2006 e em 2010, Jô Moraes exerce seu segundo mandato na Câmara dos Deputados, onde se destaca pela luta em defesa dos trabalhadores, dos direitos da mulher e pelo compromisso com os interesses nacionais.  Em 2014, conquistou terceiro mandato. Ela também já foi líder da bancada do PCdoB em 2008 e presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da violência contra a mulher do Congresso Nacional em 2013. A deputada é atualmente membro da Comissão de Seguridade Social e já presidiu a Frente Parlamentar em Defesa dos Trabalhadores em Transporte Terrestre, além de ter sido vice-presidente da Frente Pro-Antártica e de integrar outras 35 frentes parlamentares.

Iniciou a militância política na década de 1960, no movimento estudantil, quando era estudante secundarista na Paraíba. Mais tarde, foi diretora da União Estadual dos Estudantes e presidente do Diretório Acadêmico da Faculdade de Serviço Social.

Foi presa duas vezes durante o Regime Militar, a primeira em 1968 e a segunda fez quando era presidente do Diretório Acadêmico da Faculdade de Serviço Social, período em que foi cassada pelo Decreto 477/69, que proibia lideranças estudantis de continuar seus estudos acadêmicos.

Em 1972, mudou-se para Belo Horizonte, onde se filiou ao então clandestino Partido Comunista do Brasil (PCdoB). Com a anistia, Jô Moraes passou a atuar no movimento de mulheres. Foi coordenadora da Comissão Pró-Federação de Mulheres de Minas Gerais (1982); presidente fundadora do Movimento Popular da Mulher de Belo Horizonte (1983); coordenadora executiva do Conselho Estadual da Mulher – organismo governamental (1984)-, e primeira presidente da União Brasileira de Mulheres (1989).

Antes de ingressar na Câmara dos Deputados, elegeu-se vereadora por duas vezes em Belo Horizonte em 1996 e em 2000. Permaneceu no cargo até 2002, quando foi eleita deputada estadual . 

Jô Moraes é autora de dois livros sobre discriminação de gênero: “Pelos Direitos e Pela Emancipação da Mulher” e “Esta Imponderável Mulher”. É membro fundador do Conselho editorial da Revista Presença da Mulher e autora de diversos artigos para publicações especializadas no assunto.  É também de sua autoria o livro destinado ao público adolescente: “’Uma história para Érica”, que traz fragmentos da luta durante o período da Ditadura Militar.

A deputada nas redes sociais:

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@jomoraes

De Brasília, Tatiana Alves