O prazo para o fim dos lixões venceu no dia 2 de agosto, mas a maioria dos municípios no país ainda tem dificuldades estruturais para o cumprimento da legislação. A Medida Provisória (MP) 649/2014 amplia até 2018 a data-limite para acabar com esses lugares. Até o momento, a maioria das cidades não instalou aterros sanitários para a destinação adequada dos resíduos sólidos.

A Confederação Nacional de Municípios (CNM) apontou em levantamento que dos municípios com até 300 mil habitantes que não destinam o lixo para aterros sanitários, 61,7% não conseguiram cumprir o prazo. Além disso, 46,5% dos municípios pesquisados de até 100 mil habitantes não têm plano de gestão integrada de resíduos sólidos.

Coleta seletiva deve ser expandida

A deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC), idealizadora do debate sobre o tema "Juventude e Sustentabilidade", na conferência Rio+20, defende que o Brasil não deve mais ter lixões a céu aberto. 

A coleta do lixo, em Rio Branco, única cidade do Acre (AC) a enquadrar-se plenamente na Lei de Resíduos Sólidos, dobrou sua capacidade em 2014 em comparação com o ano passado. Em 2013, a coleta domiciliar contava com uma frota de 14 veículos coletores desgastados que, gradativamente, diminuíram a capacidade de atendimento da coleta, o que ocasionou um déficit na qualidade dos serviços prestados para a população.

“A destinação incorreta do lixo é um problema ambiental que leva risco à saúde e à vida das pessoas. É importante implantar a coleta seletiva e estações de tratamento e reciclagem de lixo, inclusive para gerar renda e oportunidades de trabalho”, afirmou Perpétua.

A deputada Alice Portugal (PCdoB-BA) também está preocupada com problemas ambientais. Esta semana, ela aproveitou o dia 16 de Setembro para destacar a data em que se comemora o Dia Internacional da Preservação da Camada de Ozônio.

"Vamos cuidar do nosso planeta", disse Alice. 

De Brasília, Tatiana Alves