A Cinelândia, no Rio, um dos mais famosos e importantes pontos de encontro das manifestações populares no Brasil, foi o palco do protesto na última segunda-feira (15/09). Sob a liderança do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com o apoio de vários partidos, sindicatos e da população carioca, foi dado um abraço simbólico na sede da estatal. Os manifestantes também fizeram caminhada. Conforme a líder do PCdoB na Câmara, Jandira Feghali (RJ), a Petrobras precisa ser protegida. 

"Devemos respeitar a história da maior empresa brasileira, porque isso é respeitar a história do Brasil e dos brasileiros que a construíram. Essa trajetória não é de um partido ou de um só governo, mas resultado do sacrifício e da decisão política de muitos, da capacidade técnica e tecnológica do nosso país e do esforço de muitos trabalhadores", afirmou Jandira. 

Frente defende Petrobras

Em Recife (PE), ocorreu mobilização semelhante na rua da sede da Petrobras. Integrante da Frente Parlamentar em Defesa da estatal, o deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA) afirmou que é necessário preservar a Petrobras, estatal fundamental no desenvolvimento do país.

"Os brasileiros sabem o papel que tem a Petrobras. É uma empresa fundamental para o desenvolvimento do país. Por essa razão, é dever de todos os brasileiros preservar a estatal, especialmente, quando ela tem a tarefa de explorar o pré-sal, riqueza fundamental para o investimento em educação e em saúde", disse Daniel.

Segundo ele, a CPI da Petrobras tem como meta reduzir a importância da Petrobras no país:

"Alguns já confessam que têm o objetivo de mudar a legislação atual, que instituiu a partilha na exploração do pré-sal, para retornar à política de concessões. Isso interessa muito mais ao setor privado do que aos interesses nacionais". 

O ato ocorre em um momento importante do país, em que a defesa do pré-sal entrou no debate político com o surgimento de propostas controversas que retiram a prioridade do projeto que, entre outras coisas, renderá  R$ 1,3 trilhão para educação e saúde do país nos próximos anos.

Uma lei de iniciativa da presidenta Dilma Rousseff, aprovada pelo Congresso, estabelece que 75% das receitas do petróleo devem ir para investimentos em educação, e 25% para saúde. Estima-se que, se o pré-sal for negligenciado, a educação brasileira possa perder esse recurso cuja monta representa um salto de investimento nas áreas prioritárias – “passaporte para o futuro” . Atualmente, o pré-sal já produz mais de 500 mil barris por dia.

Da Redação em Brasília

Com informações do Blog do Renato