De acordo com o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 51,5% da população brasileira são mulheres, ou seja, mais de 97 milhões de brasileiras. Mas, nas eleições de 2010, apenas 45 mulheres foram eleitas deputadas federais, representando 8,77% das 513 cadeiras da Casa. No Senado, das 81 vagas, dez são ocupadas por mulheres, 12,3% do total.

Apesar de ter mecanismos de incentivo fixados em lei, na prática, o resultado do pleito ainda não reflete o número de candidaturas femininas. Para a coordenadora da Bancada Feminina, Jô Moraes (PCdoB-MG), isso é reflexo das “candidaturas laranja”. Hoje, os partidos são obrigados por lei a garantir às mulheres, 30% das candidaturas em cada eleição. “No entanto, essa cota vem sendo sistematicamente descumprida, pois muitos partidos utilizam candidatas falsas para cumprir meta e burlar a legislação”, disse.

O grupo de parlamentares franceses visitou o Congresso Nacional para debater as questões de gênero, além das relações políticas e comerciais entre os países. Estiveram na Câmara dos Deputados os Senadores Laurence Cohen (CRC – Grupo Comunista Republicano e Cidadão – Val-de-Marne – Ile-de-France), o Senador Nicolas Alfonsi (RDSE – Grupo Parlamentar de Agrupamento Democrático Social Europeu – Corse-du-Sud – Corse), Georges Patient (APP SOC – Grupo Socialista e Afiliados – Guyane), Leila Aichi (ECOLO – Grupo Ecologista – Paris – Ile-de-France), Michel Savin (UMP – Grupo União por um Movimento Popular – Isère – Rhône-Alpes) e a secretária executiva, Claire Brésard.

De Brasília, Tatiana Alves