Serão promovidas duas ações em conjunto durante a Semana Nacional de Luta pela Reforma Política Democrática. A primeira é a coleta de assinaturas a  favor do Projeto de Lei de Iniciativa Popular da Reforma Política Democrática . A segunda é  a coleta de assinaturas para a realização do Plebiscito Popular por uma Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político.

Pesquisa realizada pela OAB aponta que 85% dos entrevistados querem uma reforma política e 78% concordam com o fim do financiamento privado de campanhas. Até o momento já foram colhidas mais de 400 mil assinaturas a favor do Projeto de Iniciativa Popular da Reforma Política Democrática. Para enviar ao Congresso, com força de projeto de lei, são necessárias mais de 1,4 milhão de assinaturas. A expectativa das organizações é que 10 milhões de pessoas participem desse processo.

Marcello Lavenère, ex-presidente da OAB e membro da coalizão, acredita que esta é a última eleição do país com dinheiro do empresariado. “Essa luta desigual está prestes a acabar”, disse.

Para a líder do PCdoB na Câmara, deputada Jandira Feghali (RJ), é necessário que cada parlamentar utilize seu peso político em defesa da reforma. “Sabemos que há resistência na Casa para votar uma proposta mais ampla, como esta da coalizão, mas precisamos trabalhar de forma suprapartidária para termos vitória, pois essa é uma vitória da democracia”, pontuou.

“A cada centavo doado pelas empresas às campanhas eleitorais, aumenta a influência em decisões fundamentais para a sociedade, principalmente no que se refere à sua representação nos parlamentos. Em 2010, 60% do total arrecadado vieram de apenas 1% dos doadores. Ou seja, empresas. É para impedir que o financiamento privado continue pautando as prioridades governamentais e desvirtuando o processo democrático”, afirma Jandira Feghali.

De Brasília, Tatiana Alves