Apesar da crise mundial e da redução do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), o número de empregos novos continuou a crescer no governo Dilma, como apontam os dados divulgados pela Relação Anual de Informações Sociais (RAIS). O estudo abrange dados de empregos formais nos setores público e privado no país, e mostra que foram criados 1,49 milhão de empregos formais no Brasil no último ano – crescimento de 3,1% em relação ao ano anterior, quando foram registrados 1,14 milhão de empregos. O montante de vínculos empregatícios também cresceu, passando de 47,45 milhões em 2012 para 48,94 milhões em 2013. Os dados podem ser acessados aqui

Geração de Emprego – RAIS
  2011 2012 2013
Nº de empregos novos 2,2 milhões 1,1 milhão 1,5 milhão
Crescimento anual 5% 2,5% 3,1%

Fonte: Relação Anual de Informações Sociais (RAIS).

A oposição vem divulgando uma suposta “queda” na geração de empregos formais, com base em números provisórios, mensais e incompletos – como os divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), no último dia 19, que apontou a menor geração de empregos formais para o mês de julho em 15 anos.

Os dados definitivos, disponibilizados pela Rais, no entanto, mostram que a criação de empregos em 2013 cresceu em relação a 2012. Apesar dos dados da pesquisa estarem disponíveis há semanas, o discurso da oposição permanece o mesmo.

No mundo, em 2013, o número de desempregados atingiu 202 milhões, cinco milhões a mais que em 2012. Além disso, entre os que continuam empregados, 48% estão em trabalho precário, com salários limitados, tempo parcial e sem proteção. No Brasil, acontece o contrário e ainda vem melhorando.

“Conseguimos enfrentar esse cenário de crise com geração de emprego e renda para os trabalhadores. Não podemos voltar atrás”, afirmou o deputado Assis Melo (RS).

É natural que, no futuro, o número de novos empregos tenda a cair, pois a parcela de desempregados tende a diminuir a cada ano. Permanecerá crescendo apenas o número líquido daqueles novos trabalhadores que chegam todos os anos no mercado de trabalho.

“Esta é a política correta de valorização do emprego e contra a pobreza. A política da oposição nós já vimos antes: é a do alto desemprego e a da volta da informalidade do trabalho”, aponta a líder da legenda na Câmara, deputada Jandira Feghali (RJ).

O aumento do emprego formal em 2013 ocorreu em todos os setores, cujo comportamento está atrelado à dinâmica macroeconômica, que foi impulsionada pelo crescimento de 6,3% nos investimentos, 2,3% no consumo das famílias, proporcionado pelo aumento real de 2% da massa salarial e expansão do crédito.

Em termos absolutos, os setores que mais se destacaram foram Serviços, que gerou 558,6 mil empregos; o Comércio com geração de 284,9 mil empregos; a Administração Pública, com 403 mil empregos; a Indústria de Transformação, que gerou 144,4 mil empregos formais; e a Construção Civil, com geração de 60 mil empregos com carteira assinada.

Entre os oito setores de atividade econômica, sete apresentaram expansão nos rendimentos, com destaque para: Agricultura (6,13%), Extrativa Mineral (4,76%), Construção Civil (4,29%), Comércio (3,63%), Indústria de Transformação (3,40%) e Serviços (3,33%), todos registrando aumentos superiores à média da totalidade dos setores (3,18%).

Além do crescimento no número de empregos formais, a Rais 2013 aponta, ainda, aumento nos rendimentos médios dos trabalhadores formais de 3,18% (tomando como referência o INPC), percentual superior ao ocorrido em 2012 (2,97%), passando de R$2.195,78, em dezembro de 2012, para R$2.265,71, em dezembro de 2013. O resultado é proveniente do aumento de 3,34% nos rendimentos médios das mulheres e da elevação de 3,18% no dos homens.

De Brasília, Christiane Peres